quinta-feira, 2 de maio de 2013

Cientistas chineses criam vírus mutante da gripe aviária


Uma simples mudança de genes permite que o vírus aviário mude de hospedeiro
Pesquisadores chineses criaram u

Um médico trabalha num laboratório no Centro de
Controle de Doenças de Pequim em 16 de abril de
 2013, durante a epidemia do vírus H7N9 da gripe
 aviária. Pesquisadores chineses publicaram um
 estudo sobre um vírus mutante que eles criaram a
 partir da variante virológica aviária H5N1 e da
 variante suína H1N1 (STR/AFP/Getty Images)
um vírus que pode infectar mamíferos por meio da tosse e espirros com a hibridação do vírus da gripe aviária H5N1 e do vírus da gripe suína H1N1, que causou a pandemia de 2009.
O trabalho foi publicado na revista Science em 2 de maio, no mesmo dia em que um homem da província de Henan morreu do vírus H7N9 da gripe aviária, supostamente a primeira morte fora do Leste da China e a 27ª entre os mais de 120 casos até o momento.
Acredita-se que o vírus H7N9 seja um rearranjo de vários vírus da gripe aviária, mas ele é relativamente benigno em aves, segundo a pesquisa recente de outra equipe chinesa, publicada no Jornal de Medicina da Nova Inglaterra.
A gripe aviária H5N1 é altamente patogênica, mas não infecta pessoas com facilidade, ao passo que a gripe suína H1N1 infectou milhões em 2009. Até agora, não há evidência de que os dois vírus tenham se misturados na natureza, mas eles se sobrepõem geograficamente e partilham algumas espécies hospedeiras.
Na nova pesquisa controversa, os cientistas chineses deliberadamente manipularam os dois vírus para torná-los mais perigosos, que segundo eles teria o propósito de melhorar sua compreensão dos riscos da pandemia. Alguns dos vírus mutantes resultantes se espalharam facilmente pelo ar entre cobaias em laboratório.
“Se esses vírus H5N1 transmissíveis em mamíferos forem gerados na natureza, uma pandemia será altamente provável”, disse o chefe da pesquisa Chen Hualan do Instituto de Investigação Veterinária de Harbin da Academia Chinesa de Ciências.
“Deve haver grande atenção e vigilância à rotina da influenza para monitorar esse perigoso vírus híbrido H5N1 na natureza.”
Enquanto Chen Hualan acredita que seu trabalho possa beneficiar o controle e a prevenção da doença, outros cientistas criticaram os chamados estudos de mutação de ganho de função, pois manipular o vírus requer excelentes padrões de segurança de laboratório para evitar que o vírus se espalhe ou seja acessado por terroristas.
O microbiologista Richard Ebright da Universidade Rutgers de Nova Jersey disse que dois outros estudos já haviam observado como as mutações H5N1 se espalharam pelo ar entre hospedeiros mamíferos, nesse caso furões. Essa pesquisa da gripe provocou um debate sobre biossegurança e levou a uma moratória de um ano em todos os projetos semelhantes.
“Esse argumento, mesmo que uma pessoa o aceite, não justifica um terceiro, quarto, quinto ou enésimo projeto de pesquisa que confirme o mesmo ponto”, disse Ebright à revista Science via e-mail.
Baron May de Oxford, um ex-cientista-chefe do governo do Reino Unido, disse ao jornal The Independent que o trabalho da equipe de Chen Hualan é “terrivelmente irresponsável”.
“Eles alegam estar fazendo isso para ajudar a desenvolver vacinas e afins. De fato, a razão verdadeira é que eles são movidos por ambição cega e não têm qualquer bom senso”, acrescentou ele.
Novas pesquisas de Chen Hualan e seus colegas foram aparentemente adiadas por investigações sobre o novo vírus H7N9.
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