Todo ano, em 24 de março, Dia Mundial de Combate à Tuberculose, profissionais e instituições de Saúde se mobilizam para orientar a população sobre essa doença infectocontagiosa. “O objetivo do Dia Mundial de Combate à Tuberculose é ampliar esforços para conseguir sustentação na luta contra a tuberculose. Mobilizar comunidades, aumentando a consciência sobre o problema, incentivando governos e voluntários para investir no controle da tuberculose”, explica o coordenador do Programa de Tuberculose da Secretaria Municipal da Saúde, o médico pneumologista, Alberto Silva.
Segundo ele, há pessoas que não sabem, mas a tuberculose não é uma doença do passado. Ao contrário, é uma preocupação mundial, considerando o número de casos e pela sua gravidade. “A população, as autoridades e mesmo os profissionais de saúde, muitas vezes, não pensam em tuberculose; outras vezes, demoram em seu diagnóstico e como se trata de uma doença infectocontagiosa, corre-se o risco de estar sendo transmitida a outras pessoas”.
A tuberculose é causada pelo mycobacterium tuberculosis, também conhecido como bacilo de Koch. Acomete, principalmente, os pulmões, mas pode atingir outros órgãos como ossos, rins, pleura, gânglios, intestino e cérebro.
A transmissão ocorre pelo ar. O doente de tuberculose, ao tossir ou espirrar, elimina gotículas contendo no seu interior alguns bacilos, podendo ser aspirados e atingindo os alvéolos pulmonares, inicia-se a sua multiplicação.
Os principais sintomas da tuberculose são: tosse por três semanas ou mais sem causa conhecida, perda de peso, cansaço fácil, febre baixa geralmente no fim da tarde, suores noturnos e perda de apetite. Ao sentir esses sintomas, a pessoa deve procurar auxílio no serviço médico da cidade, uma vez que o diagnóstico dessa doença pode ser feito, localmente, com exames disponíveis tanto clínico como laboratorial, em nossas unidades de saúde.
O tratamento pode curar praticamente todos os casos e é oferecido gratuitamente nas unidades do serviço público de saúde. Ele tem duração de seis meses e o paciente sente a melhora logo nos primeiros semanas, mas não pode suspender o tratamento por conta própria, pois isso pode acarretar reativa da doença em condições mais sérias ou o desenvolvimento de resistência das bactérias por medicamentos usados.
Em Itu, segundo o coordenador do programa de Tuberculose, o tratamento à doença segue as diretrizes do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, lançado pelo Ministério da Saúde, com supervisão e orientação estadual e regional pela Secretaria Estadual da Saúde. Há alguns anos, em Itu, registra-se uma situação estabilizada com cerca de 35 a 45 casos por ano.
Esses casos são tratados e controlados no Ambulatório de Moléstias Infecciosas (AMI), localizado à Rua José de Paula Leite de Barros, 136, Centro. A Secretaria Municipal da Saúde conta ainda com o auxílio do Hospital São Camilo, além da rede de empresas prestadoras de serviço na área de saúde e todo o corpo médico da cidade, que possuem capacidade e recursos de diagnosticar a doença e encaminhá-lo para o tratamento no AMI.
PERISCÓPIO
Jornal do Povo