quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Mosquitos ‘do bem’, contra a dengue, à solta no Rio

Há 4 horas

Moradora da comunidade de Tubiacanga (bairro na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro) há 30 anos, a artesã Patrícia Figueiredo esperava há meses o grande momento: a soltura de milhares de mosquitos da espécie Aedes aegypti.
Mas estes não estavam infectados pelo vírus da dengue, e sim por uma bactéria chamada Wolbachia – que impede o vírus de se desenvolver e assim evita a sua transmissão.
A filha de Patrícia teve dengue três vezes nos últimos três anos – para ela, os mosquitos “do bem” trazidos pela Fiocruz são uma esperança para que o alto número de contágios na comunidade possa diminuir já a partir do ano que vem.
O bairro de Tubiacanga é o primeiro lugar do lado de cá do Atlântico a receber o projeto Eliminar a Dengue: Nosso Desafio, que busca reduzir a transmissão da dengue usando a Wolbachia. O sistema começou a ser testado na Austrália em 2011 e já chegou ao Vietnã e à Indonésia.

Método natural

A equipe da Fiocruz chegou à comunidade na quarta-feira com potinhos de plástico tapados por um véu, repletos de mosquitos.
Um a um eles foram abertos em diferentes partes do bairro, liberando os mosquitos para fazerem seu trabalho: crescer e multiplicar-se.
A meta é que os espécimes se adaptem e se reproduzam até que a maioria da população de mosquitos no local tenha a bactéria.
Método para combater a dengue é barato e sustentável
Ao longo dos próximos meses, 10 mil mosquitos serão liberados no bairro por semana.
Segundo o pesquisador da Fiocruz Luciano Moreira, líder do projeto no Brasil, a vantagem do método é usar uma bactéria comum, que está presente na natureza e não pode ser transmitida para humanos.
“O método é natural, seguro e autossustentável, porque a bactéria se estabelece e fica no local. E não tem fins lucrativos, então no futuro não haverá cobrança para levar mosquitos para outras localidades”, ressalta.
Além de Tubiacanga, a estratégia vai começar a ser testada na Urca, na Vila Valqueire e em Jurujuba, em Niterói. Os testes serão monitorados ao longo dos próximos dois anos. Se forem bem sucedidos, adotados em outras áreas.

Baixo custo

Diretor de Ciência e Tecnologia no Ministério da Saúde, Antonio Carlos Campos de Carvalho ressaltou a importância de se investir em pesquisa para resolver problemas de saúde pública.
“O custo é ínfimo em relação ao que se gasta para tratar doentes”, comparou.
De acordo com Carvalho, só neste ano o Ministério da Saúde já repassou R$ 300 milhões a estados e municípios para combater a dengue, enquanto o custo total do projeto nos últimos quatro anos foi de menos de R$ 3 milhões.
“Com o equivalente a 1% do investimento, podemos ter uma solução duradoura e ecologicamente correta para um problema de saúde pública”, considera.
No ano passado, o Brasil teve 1,5 milhão de casos de dengue, que causaram a morte de mais de 600 pessoas.

 

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

'Por que me voluntariei para testar a vacina do ebola'

Atualizado em  18 de setembro, 2014 - 15:54 (Brasília) 18:54 GMT
  •   Ruth Atkins (AFP)

Ruth Atkins foi a primeira voluntária a receber uma dose da vacina nos testes clínicos feitos no Reino Unido

Pouco depois de chegar a um hospital de Oxford, no sudeste da Inglaterra, uma mulher britânica de 48 anos tornou-se parte de uma batalha global contra a maior epidemia de ebola da história.
Funcionária do Sistema Nacional de Saúde do Reino Unido, Ruth Atkins foi a primeira voluntária sem a doença a ter o material genético do vírus injetado em seu organismo.

O procedimento realizado na quinta-feira deu início aos testes feitos no país para se obter uma vacina contra o ebola. Atkins disse estar "perfeitamente bem".
"Ouvi no rádio que precisavam de voluntários e pensei na tristeza pela qual muitos estão passando no leste da África", explicou ela à BBC.
"Pensei no que poderia fazer quanto a isso, e participar dos testes da vacina é um gesto que, mesmo pequeno, pode ter um grande impacto."

Catástrofe

Ao menos 2,5 mil pessoas morreram até agora na epidemia de ebola, mas autoridades sanitárias temem que este número possa ser muito maior, já que muitos doentes não entram em contato com profissionais de saúde ou são detectados.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu que a epidemia pode se tornar uma catástrofe humana.
Além dos enormes custos humanos gerados pela epidemia, o Banco Mundial alertou recentemente sobre o "impacto catastrófico" que ela pode ter sobre as economias da Guiné, da Libéria e de Serra Leoa, os três países africanos mais afetados.
Atkins faz parte de um grupo de 60 voluntários que participam dos testes clínicos em curso na Universidade de Oxford. O mesmo vendo sendo feito nos Estados Unidos.
"Explicaram tudo muito bem", disse ela. "Eles me tranquilizaram e esclareceram os possíveis efeitos colaterais."
Segundo especialistas, os voluntários não correm o risco de serem infectados, porque a vacina contém apenas uma pequena porção do material genético do vírus, uma proteína do ebola, que é injetada no vírus do resfriado comum encontrado em chimpanzés.
"Se conseguirem criar a vacina e começarem a distribuí-la, isso fará uma grande diferença na vida das pessoas", opinou Atkins.
Ela terá que fazer um diário eletrônico nos oito primeiros dias após receber a vacina, detalhando sua temperatura corporal, sensações e possíveis reações do corpo.

Testes clínicos


Faixa contra o ebola (AP)
Ao menos 2,5 mil pessoas já morreram no leste da África na maior epidemia de ebola da história
A vacina foi desenvolvida por cientistas da Okairos, uma empresa de biotecnologia suíço-italiana comprada no início do ano pela farmacêutica britânica GlaxoSmithKline.
Riccardo Cortese, presidente da Okairos, explicou à BBC que os pesquisadores trabalham há seis anos na vacina em conjunto com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos.
"Nós a fabricamos e eles fizeram os testes em animais", disse Cortese à BBC. "Os resultados destes testes foram muito satisfatórios."
Cortese diz que, mesmo antes deste epidemia, já se havia decidido proceder rapidamente para o testes em humanos. "Isso foi acelerado ainda mais com a epidemia."
A Okairos está em contato com a GlaxoSmithKline para fabricar todas as doses para os testes realizados no Reino Unido e nos Estados Unidos e planejar os testes que serão feitos na África.
Alfredo Nicosia, diretor-científico da empresa, disse ser possível que a vacina esteja pronta "em alguns meses".
"Tudo ocorrerá mais rápido do que o normal, o mais rápido possível", afirmou.
Os testes determinarão se a vacina é segura e se provoca uma resposta imunológica adequada. A princípio, ela será provavelmente usada em grupos de alto risco.
Segundo a OMS, profissionais de saúde e de outras áreas que lidam diretamente com a epidemia serão os primeiros a recebê-la.
Segundo Benjamin Neuman, virologista da Universidade de Reading, que não participa dos testes, a vacina pode estar disponível em janeiro.
Mas ele advertiu que o sistema imunológico é complexo e que, mesmo se os testes clínicos forem bem-sucedidos, é difícil saber se a vacina funcionará.
"O verdadeiro teste será quando uma pessoa que a tiver recebido entrar em contato com o vírus na África."


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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Senegal anuncia que paciente com ebola está curado

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Epidemia de ebola na África provoca temor mundial162 fotos

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9.set.2014 - Médicos se preparam para tirar o quarto americano que foi infectado com o vírus ebola na África ocidental da ambulância na manhã desta terça-feira. Ele desembarcou em uma base aérea de Atlanta, nos Estados Unidos, e seguiu para o Hospital Universitário Emory, onde outros dois compatriotas foram tratados com uma droga experimental David Goldman/ AP
O jovem guineano que era o único caso confirmado de paciente com o vírus do ebola em Senegal está curado, de acordo com anuncio do ministério da saúde do país. 
Ao ser diagnosticado com ebola, o estudante foi encaminhado ao hospital Fann, na capital Dacar, onde recebeu atendimento e se recuperou. "Realizamos exames de controle em duas oportunidades. Não tem mais o vírus. Ele está curado", declarou o médico Pape Amadou Diack, diretor do departamento de saúde do ministério.
"Era um caso importado a Senegal. Assumimos e, graças a Deus, temos este resultado", completou Diack.
O Senegal, depois de vários alertas falsos, se tornou no fim de agosto o quinto país afetado pela epidemia de febre hemorrágica na África Ocidental, com a entrada do jovem guineano um pouco antes do fechamento das fronteiras com Guiné, em 21 de agosto.
Sessenta e sete pessoas que estiveram em contato com o paciente estão sendo monitoradas em Dacar, ainda segundo o ministério da Saúde. Até o momento ninguém apresentou sintomas.
O vírus ebola foi detectado na Guiné no início do ano e como tempo se propagou a Serra Leoa, Libéria e Nigéria.
A epidemia, a mais grave desde a identificação do vírus em 1976, provocou 2.296 mortes em 4.293 casos, segundo o balanço mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), do último sábado (6).

Ebola - 8 vídeos

Últimas de Saúde

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://saude.estadao.com.br/noticias/geral,numero-de-mortos-por-ebola-sobe-para-1145,1544555

domingo, 3 de agosto de 2014

EUA testarão vacina contra Ebola em setembro

Publicação 02/08/2014 às 20:48:05 Atualizado 02/08/2014 às 20:48:05
O governo dos EUA começará a testar uma vacina experimental contra o vírus Ebola em pessoas no início de setembro.
A decisão foi tomada em meio ao surto da doença na África, depois que pesquisadores viram resultados positivos em testes realizados em primatas, informou o USA Today.
A unidade de doenças infecciosas dos Institutos Nacionais de Saúde vem trabalhando com a Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) para colocar a vacina em avaliação o mais rápido possível.
Os resultados do estudo poderiam estar disponíveis no início do próximo ano, segundo o diretor da unidade de doenças infecciosas, Anthony Fauci. Fonte: Dow Jones Newswires.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Prevenção contra hepatite A

A partir de agora, a vacina está presente no Calendário Nacional

Tamanho da Fonte      Redação Jornal Coletivo
Postos de imunização aplicam medicamento em crianças a partir de um anoFoto: agência Brasili/cedocPostos de imunização aplicam medicamento em crianças a partir de um ano
Em observância ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, o DFl ampliou o Calendário Nacional de Vacinação com a introdução da vacina de prevenção a hepatite A. Desde a última segunda-feira (21), os postos de imunização de todo o DF aplicam o medicamento em crianças a partir de um ano e menores que dois.
O objetivo da Secretaria de Saúde do DF é vacinar cerca de 21 mil crianças até o fim do ano. “A ideia é: assim que a mãe chegar com a criança para tomar a Tríplice Viral (sarampo, rubéola e caxumba) e a Pneumocócica 10 Valente receberá também a vacina contra a hepatite A”, explicou a gerente de Imunização, Cristina Segatto.


Para o Brasil, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) estima que ocorram 130 casos novos anuais por 100 mil habitantes. O número de ocorrências confirmadas de hepatite A em residentes do Distrito Federal foi de 159, em 2012, e 79, em 2013. Neste ano, até o momento, foram confirmadas 32 incidências.


Não há nenhum tratamento específico para a hepatite A e a recuperação dos sintomas após a infecção pode ser lenta e demorar várias semanas ou meses. A terapia visa à manutenção de conforto e equilíbrio nutricional adequados, incluindo a reposição de fluídos que são perdidos com vômitos e diarreia.


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quarta-feira, 23 de julho de 2014

Médico que lidera combate ao ebola na África contrai a doença

Segundo a OMS, desde fevereiro a moléstia causou 632 mortes no oeste africano — 50 delas entre profissionais de saúde


Vírus Ebola: Epidemia na África já causou mais de 600 mortes neste ano
Vírus Ebola: Epidemia na África já causou mais de 600 mortes neste ano (Reprodução)
O médico que lidera o combate à epidemia do vírus ebola em Serra Leoa contraiu a doença, informou nesta quarta-feira a presidência do país. O virologista Sheik Umar Khan, de 39 anos, está internado em um hospital de Kailahun, cidade que concentra grande parte da epidemia.
Descoberto em 1976, na atual República Democrática do Congo, o vírus do ebola é muito contagioso e o índice de mortalidade pode atingir 90%. Não existe cura ou vacina contra a febre do ebola, que se manifesta com hemorragias, vômitos e diarreia. 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, desde fevereiro deste ano, quando começou o surto em três países no oeste da África — Serra Leoa, Libéria e Guiné —, houve 632 mortes pela doença. No início do mês, a OMS considerou o surto como "a maior epidemia em termos de pessoas afetadas, de mortos e de extensão geográfica". 
Leia também:
OMS inaugura cúpula africana para combater epidemia de ebola

Em comunicado, o governo de Serra Leoa se referiu a Khan como um "herói nacional". Segundo a nota, ele tratou mais de cem pacientes infectados pelo ebola e recentemente foi transferido para um centro médico coordenado pela instituição de caridade Médicos Sem Fronteiras. Não foram divulgados detalhes sobre o estado de saúde do virologista ou sobre de que forma ele contraiu o vírus. 
Há três dias, três enfermeiras que trabalhavam no mesmo centro médico que Khan morreram em decorrência da moléstia. Segundo a OMS, 100 profissionais de saúde já foram infectados pelo ebola nos três países endêmicos desde o início do surto, sendo que cinquenta morreram.

Os vírus mais perigosos do mundo

Alguns são capazes de infectar milhões e provocar epidemias globais. Outros matam mais da metade dos infectados. Conheça alguns dos organismos mais terríveis do planeta:

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Varíola

Criança etíope, em 1970, com o rosto coberto pelas feridas causadas pela varíola Quando surgiu: Entre os humanos, provavelmente há 10.000 anos, com o advento da agricultura
Origem: Não se sabe se a doença nasceu na África ou na Ásia. Análises de DNA mostram que o vírus se assemelha à varíola do camelo. Foi o primeiro vírus erradicado na história, em 1977, após uma massiva campanha de vacinação mundial.
Vítimas: Durante séculos, sem tratamento, matava 30% dos infectados. Somente no século 20, foram 300 milhões de mortes.
Por que é perigoso: Erradicado desde a década de 70, ainda existem cópias de seu DNA em laboratórios na Rússia e nos Estados Unidos. A população mundial não possui mais imunização contra o vírus. Pode ser transformada em uma arma biológica caso caia nas mãos de terroristas.
(Com Reuters)

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Pesquisador desenvolve vírus da gripe capaz de exterminar a humanidade.

De acordo com o The Independent, Yoshiro Kawaoka, um pesquisador da Universidade de Wisconsin-Madison, nos EUA, desenvolveu uma nova cepa do vírus da gripe capaz de passar completamente despercebida pelo sistema imunológico dos seres humanos. Baseado no H1N1, que matou cerca de meio milhão de pessoas há poucos anos, o novo vírus poderia potencialmente aniquilar a população do planeta.
Segundo Kawaoka — que realizou os trabalhos em um laboratório classificado com um modesto “nível 2” de biossegurança —, a nova cepa foi desenvolvida durante uma pesquisa na qual o cientista pretendia converter o H1N1 até seu estado pré-pandêmico. A intenção era analisar e monitorar as mutações sofridas pelo vírus e, então, depois de entender os processos genéticos envolvidos, trabalhar na criação demelhores vacinas.

Cientista maluco?

O pesquisador foi selecionando mutações específicas do H1H1 capazes de escapar da ação neutralizadora dos anticorpos do sistema imunológico, repetindo esse processo até conseguir criar um vírus contra o qual os seres humanos são completamente indefesos. Atualmente, a maioria das pessoas desenvolveu certo grau de imunidade contra o H1N1, o terrível agente que provocou a morte de milhares de doentes em 2009.
Isso significa que hoje a gripe provocada pelo H1N1 já pode ser tratada como uma doença menos perigosa. No entanto, apesar de o objetivo da pesquisa ser o desenvolvimento de melhores vacinas, depois da divulgação da notícia sobre e estudo realizado por Kawaoka, alguns cientistas conscientes das suas implicações estão aterrorizados.
Segundo o The Independent, a preocupação está no fato de Kawaoka ter recebido permissão para remover a única defesa que temos contra um vírus que já demonstrou sua capacidade de provocar pandemias mortais. Os detalhes sobre a pesquisa ainda não foram divulgados, mas o cientista informou que os estudos já foram finalizados e estão prontos para serem enviados para aprovação e posterior publicação em um periódico científico.

Brincando com o perigo

Aliás, esta não é a primeira vez que Kawaoka choca a comunidade científica com seus estudos. Em trabalhos anteriores, o pesquisador tentou recriar o vírus de 1918 que provocou a Gripe Espanhola — que infectou meio milhão de pessoas e matou um número estimado entre 50 e 100 milhões — e trabalhou em um projeto para aumentar a transmissibilidade de uma cepa altamente mortal da gripe aviária.
Desta vez, Kawaoka basicamente utilizou um vírus capaz de provocar pandemias e o tornou resistente a qualquer tipo de vacina. Portanto, se os trabalhos anteriores do cientista eram perigosos, a pesquisa atual vem sendo considerada pela comunidade científica com maluca. Isso sem falar que o estudo foi conduzido em um laboratório cujo nível de biossegurança não é o mais alto.
A Universidade de Wisconsin-Madison garantiu que o risco de que o vírus escape acidentalmente é extremamente baixo, mas integrantes do comitê de biossegurança da instituição já demonstraram preocupação, visto que quando a pesquisa de Kawaoka foi aprovada, os membros supostamente não teriam sido informados sobre alguns detalhes importantes do estudo.
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quinta-feira, 1 de maio de 2014

Maior resistência de superbactérias a antibióticos ameaça população mundial


Uso indiscriminado de antibióticos tem gerado bactérias cada vez mais resistentes no mundo todo. Infecções comuns poderão voltar a matar.

 
A resistência das bactérias aos antibióticos é hoje o maior perigo à saúde pública e ameaça a população de todos os países.

As superbactérias são uma ameaça ao nosso futuro e em breve podemos voltar a morrer de infecções comuns. É o que mostra um levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde. A OMS analisou dados de 114 países e concluiu que o uso indiscriminado de antibióticos tem aumentado rapidamente a resistência das bactérias no mundo todo.
No caso da escherichia coli, por exemplo, responsável pelas infecções urinárias, na década de 80 todos os casos eram curados com antibiótico. Hoje em muitos países apenas metade dos pacientes que tem essa infecção consegue se curar. O relatório também mencionou taxas altas de resistência de bactérias que causam pneumonia e gonorreia.
"Estamos voltando para a época em que não existiam antibióticos, para o século XIX, quando as pessoas morriam de infecção urinária ou do pulmão. É isso que vai acontecer", diz um microbiologista.

O que fazer para reverter esse cenário assustador? Além de investir em pesquisas para descobrir antibióticos mais potentes, segundo a Organização Mundial da Saúde é preciso uma ação coordenada para evitar o abuso do uso desses medicamentos no mundo todo. Os governos também têm que aumentar o acesso da população à água limpa e à higiene. Tudo isso pode ajudar a diminuir os casos de infecções e, dessa maneira, o uso de antibióticos.
E é preciso agir rápido, diz o diretor assistente da Organização Mundial da Saúde. “Ninguém está livre de contrair uma superbactéria. Todos nós, nossa família, todas as pessoas nesta sala, nossos amigos, quando estivermos mais vulneráveis e precisarmos desses medicamentos há a possiblidade de que eles não funcionem mais", afirma.

terça-feira, 11 de março de 2014

Dilma, Alckmin e Haddad lançam campanha de vacinação contra HPV em SP
 
Cármen Guaresemin
Do UOL, em São Paulo

Veja destaques do UOL Saúde (2014)51 fotos

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A presidente Dilma Rousseff participou, nesta segunda-feira (10), do lançamento da campanha de vacinação contra o HPV em meninas de 11 a 13 anos, em São Paulo. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% do público-alvo, formado por 5,2 milhões de meninas nessa faixa-etária. Na imagem, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, vacina uma menina enquanto é observado pela presidente e pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin Murillo Constantino/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
A presidente Dilma Rousseff participou, nesta segunda-feira (10), do lançamento da campanha de vacinação contra o HPV em meninas de 11 a 13 anos, em São Paulo, em uma cerimônia que reuniu o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin e o prefeito da capital Fernando Haddad, entre outras autoridades.
"Com essa medida, estamos garantindo que as mulheres desse país sejam saudáveis", disse a presidente. Ao abrir o discurso, Dilma fez um agradecimento especial ao médico que é responsável pelas vacinas dela - o infectologista David Uip, secretário de Saúde do governo Alckmin, também presente no evento. 
Na cerimônia, realizada em um CEU (Centro de Estudo Unificado) no bairro do Butantã, a primeira dose da vacina foi aplicada pelo ministro da Saúde e a segunda, pelo governador de São Paulo, já que ambos são médicos. "Eu e o governador somos de partidos diferentes, mas nem por isso deixamos de fazer uma parceria que envolve os interesses da população de São Paulo", comentou Dilma.
A presidente não participava do lançamento de uma campanha de vacinação desde 2011, quando o alvo foi a gripe.
O vírus HPV é a principal causa do câncer do colo de útero, terceiro tipo mais frequente entre as mulheres, atrás apenas do de mama e de cólon e reto. No ano passado, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), 4.800 brasileiras morreram de câncer de colo de útero, como fez questão de frisar Chioro. 
A meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% do público-alvo, formado por 5,2 milhões de meninas nessa faixa-etária. Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e, em 2016, às meninas que completam nove anos. Nas aldeias indígenas, a vacinação para meninas de 9 e 10 anos já começou este ano. 
Para garantir maior cobertura, a pasta recomendou aos municípíos que a primeira dose (de um total de três) fosse aplicada nas escolas públicas e privadas que aderiram à estratégia, já que meninas dessa faixa etária não costumam frequentar postos de saúde. 
Mas a vacina – que passa a integrar o calendário nacional - também estará disponível nas 36 mil salas de vacinação da rede pública de saúde durante todo o ano. A segunda dose será aplicada com intervalo de seis meses e a terceira, de reforço, cinco anos após a primeira dose.
As instituições de ensino que farão a vacinação devem informar, com antecedência, aos pais ou responsáveis a data de vacinação. Tanto no ambiente escolar como nos postos de saúde, a vacina será aplicada por profissionais de saúde. Os pais ou responsáveis que não quiserem que a adolescente seja vacinada deverão preencher e enviar à escola o termo de recusa distribuído pela instituição de ensino antes da vacinação.
No caso das unidades de saúde, é importante que a adolescente apresente a caderneta de vacinação. Para assegurar a aplicação das três doses, o serviço de saúde vai registrar cada adolescente imunizada, monitorar a cobertura vacinal e realizar, se necessário, a busca ativa das meninas.
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Veja destaques do UOL Saúde (2014)51 fotos

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10.mar.2014 - Cartaz da campanha publicitária que começou a ser veiculada no dia 8 para orientar a população sobre a importância da prevenção contra o HPV. A vacinação de meninas de 11 a 13 anos começou nesta segunda-feira, em escolas e nos postos de saúde. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% do público-alvo, formado por 5,2 milhões de meninas nessa faixa-etária. A segunda dose será aplicada com intervalo de seis meses e a terceira, de reforço, cinco anos após a primeira dose Leia mais Divulgação
Quatro subtipos
O esquema adotado pelo Ministério da Saúde, chamado de "estendido" e composto por três doses, é recomendado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) e utilizado em países como Canadá, México, Colômbia e Suíça.

Ministro da Saúde fala sobre a vacinação contra o HPV

A vacina utilizada é a quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18) do HPV, dos quais dois (subtipos 16 e 18) são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo. Usada como estratégia de saúde pública em 51 países, a quadrivalente é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e tem eficácia de 98% contra o vírus HPV.
O ministério ressalta que a vacinação não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.

@saúde com Jairo Bouer: especialista tira dúvidas sobre a vacina 

Campanha
O Ministério da Saúde iniciou, neste sábado (8), veiculação da campanha publicitária para orientar a população sobre a importância da prevenção contra o câncer do colo de útero em TV, rádios e jornais. Com o tema "Cada menina é de um jeito, mas todas precisam de proteção", as peças convocam as adolescentes para se vacinar e alertam as mulheres sobre a prevenção.
As informações são veiculadas por meio de cartazes, spot de rádio, filme para TV, anúncio em revistas, outdoors e campanhas na internet, especialmente nas redes sociais. O investimento do Ministério da Saúde na campanha publicitária é de R$ 20 milhões.
Produção
Para a produção da vacina contra o HPV, o Ministério da Saúde firmou Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Instituto Butantan e o laboratório privado Merck Sharp & Dohme (MSD). Será investido R$ 1,1 bilhão na compra de 41 milhões de doses da vacina durante cinco anos – período necessário para a total transferência de tecnologia ao laboratório brasileiro. A PDP possibilitou uma economia estimada de R$ 83,5 milhões na compra da vacina em 2014. O Ministério da Saúde pagará R$ 31,02 por dose, o menor preço já praticado no mercado.
Sobre o HPV
O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relações sexuais. Por tratar-se de um vírus que se transmite com muita facilidade, considera-se que o HPV seja a infecção sexualmente transmitida mais comum no mundo, com quase todas as pessoas sexualmente ativas tendo contato com o vírus em algum momento da sua vida.
Na grande maioria, o HPV cura-se espontaneamente, mas em algumas mulheres eles produzem lesões que podem desencadear o câncer de colo do útero. O HPV também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estima-se que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido ao câncer de colo do útero. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4,8 mil óbitos nesse ano.
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Conheça alguns mitos e verdades sobre as DSTs25 fotos

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HPV pode causar câncer de garganta. VERDADE: o papilomavírus pode ser transmitido através do sexo oral e pode levar ao desenvolvimento do câncer de garganta. Uma pesquisa realizada pela Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, e divulgada este ano, apontou que o vírus HPV atualmente é a principal causa do câncer de garganta. De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), há um tipo viral oncogênico (com potencial para causar câncer) do HPV que pode causar lesões precursoras, que se não forem identificadas e tratadas podem progredir para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca. Mas já existe vacina contra alguns tipos de HPV, que passará a ser oferecida gratuitamente pelo SUS no ano que vem Leia mais Thinkstock

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