quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Paciente suspeito de ebola apresenta bom estado geral de saúde, diz Fiocruz

Publicação: 2015-11-12 18:28:00 | Comentários: 0
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O paciente com quadro suspeito de ebola fez exames laboratoriais de rotina após ser transferido para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz (INI/Fiocruz), em Manguinhos, na zona norte do Rio. Segundo a Fiocruz, os resultados “não apresentaram importância médica” e o homem chegou ao instituto, em bom estado geral, sem febre, lúcido e cooperativo, mas estava desidratado e se queixou de dor de cabeça e falta de apetite.

A Fiocruz informou ainda que assim que chegou ao INI, no começo desta madrugada, foi coletado material do paciente para o teste especifico para ebola, que foi encaminhado para o laboratório de referência, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). “O paciente continuou recebendo o tratamento profilático para malária e hidratação intravenosa. Permaneceu afebril durante a noite e apresentou um episódio de diarreia no início da manhã”, diz o boletim divulgado hoje (12) pela Fiocruz.

No final da manhã, depois de nova avaliação, foi constatado que o homem permanece sem febre, mas já aceitava alimentação. “O paciente está calmo. Foi informado da suspeita diagnóstica e está ciente da necessidade de isolamento”.

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas é referência nacional para casos de ebola e segue o protocolo de segurança. O paciente, que é brasileiro e tem 46 anos, foi levado em uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o hospital. Ele desembarcou na Base Aérea do Galeão, na Olha do Governador, zona norte do Rio, procedente de Belo Horizonte em um avião da Força Aérea Brasileira.

Na terça-feira (10), depois de ser atendido na Unidade de Pronto-Atendimento da Pampulha, em Belo Horizonte, onde relatou febre alta e dores muscular e de cabeça, foi identificado como suspeito de infecção pelo ebola e encaminhado para o Hospital Eduardo de Menezes, referência em infectologia. O homem chegou ao Brasil, vindo da Guiné, na sexta-feira (6) e dois dias depois começou a apresentar os sintomas.

De acordo com a Fiocruz, se o resultado do primeiro teste, que será divulgado após 24 horas, for negativo, um novo exame será feito e o resultado, novamente, será divulgado após mais um período de 24 horas. Segundo o Ministério da Saúde, o nome do paciente não foi divulgado para preservar a sua privacidade e os direitos legais. "As autoridades sanitárias reforçam que o nome deve ser preservado".

Agência Brasil

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Brasileiro com caso suspeito de ebola em BH vai ser transferido para Rio

Paciente de 46 anos está isolado desde a noite desta terça-feira (10).
Ele chegou no Brasil na sexta (6); sintomas teriam começado no domingo.

Do G1, em São Paulo
Marcelo Castro, ministro da Saúde (Gnews) (Foto: Reprodução GloboNews) 
Marcelo Castro, ministro da Saúde, fala sobre suspeita de 
ebola em BH (Foto: Reprodução GloboNews)

O brasileiro vindo da Guiné que está com um caso suspeito de ebola em Belo Horizonte vai ser transferido para o Rio de Janeiro em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), afirmou na tarde desta quarta-feira (11) o ministro da Saúde, Marcelo Costa e Castro. O homem chegou ao Brasil vindo da Guiné na última sexta-feira (6). No domingo (8), ele apresentou sintomas como febre alta, dor muscular e dor de cabeça.
Ainda nesta quarta, o paciente deve passar pelo primeiro exame de confirmação ou não da doença. "O resultado deve sair em 24 horas. Até lá, o paciente seguirá isolado", afirmou Castro.
O ministério informou que o paciente está estável e não apresenta quadro de gravidade. Ele se enquadrou na definição de caso – ainda não confirmado – apenas por apresentar febre e por ter vindo de um país com transmissão de ebola.
Segundo o ministro, o homem foi atendido às 20h desta terça (10) na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Pampulha e, assim que a consulta indicou que os sintomas possam ser compatíveis com a doença, a equipe de atendimento deu início ao protocolo nacional definido para os casos suspeitos de ebola.
"Seguindo o protocolo, a secretaria municipal notificou a Secretaria Estadual de Saúde, que notificou o Ministério da Saúde", explicou Castro. Nesta quarta, o governo federal já informou o caso suspeito à Organização Panamericana de Saúde.
Isolamento
Desde a adoção do protocolo, a UPA da Pampulha foi "isolada e não está recebendo pacientes". Os pacientes que procuram o local estão sendo encaminhados para outros centros de saúde.

O paciente e os funcionários que trabalhavam na unidade estão em quarentena. O paciente foi levado ao Hospital Eduardo de Menezes às 12h desta quarta..
O governo informou apenas a nacionalidade e a idade do paciente. Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que, para preservar sua privacidade e direitos legais, "o nome do paciente deve ser preservado e não deve ser divulgado pela imprensa e demais mídias".
Transferência
Na tarde desta quarta, uma equipe de Brasília voou até Minas Gerais para levar o paciente para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, onde a Fiocruz fará um exame de sangue para verificar se trata-se de um caso de ebola. "É importante tranquilizar a população", disse o ministro, que lembrou que a doença só é transmitida por meio de contato com os fluidos corporais do paciente.

"Assim que tivermos o resultado do primeiro exame, iremos fazer nova comunicação para a imprensa com os próximos passos que serão adotados, em caso de resultado positivo e negativo", afirmou o ministro.
O ministério reiterou que "o ebola só é transmitido através do contato com o sangue, tecidos ou fluidos corporais de indivíduos doentes", e que "o vírus somente é transmitido quando surgem os sintomas".
Novos casos de ebola na Guiné
Segundo a OMS, dois novos casos de ebola foram confirmados no dia 16 de outubro na Guiné, depois de duas semanas sem registros de novos pacientes.

Geralmente se considera que uma epidemia de Ebola está encerrada quando uma localidade passa 42 dias sem nenhum caso da doença. Os dois outros países mais afetados pelo surto foram a Libéria, que foi declarada livre da transmissão em 3 de setembro, e Serra Leoa, que no último sábado (7) recebeu a mesma declaração.

Paciente está isolado em quarentena, assim como os funcionários da UPA.  (Foto: Fernanda Carvalho/Estadão Conteúdo) 
Paciente com suspeita de ebola está isolado em quarentena, 
assim como os funcionários da UPA em BH (Foto: Fernanda
 Carvalho/Estadão Conteúdo)

terça-feira, 28 de julho de 2015

Vacinas defeituosas podem fortalecer vírus, diz estudo

Vacinas defeituosas ou "permeáveis" poderiam gerar vírus ainda mais poderosos - é o que mostra um estudo realizado em aves que levanta preocupações sobre o desenvolvimento de algumas vacinas em seres humanos.

Quando uma vacina funciona como deve, como a da varíola, da pólio e do sarampo, protege os vacinados e também previne a transmissão do vírus.

No entanto, este novo estudo publicado na revista PLoS Biology, percebeu que as vacinas imperfeitas protegem as aves, mas também permitem que o vírus sobreviva de forma ainda mais prejudicial.

"Nossa pesquisa mostra que o uso de vacinas 'permeáveis' podem promover a evolução das variações mais 'quentes', mais desagradáveis do vírus, o que coloca os indivíduos não vacinados num elevado nível de risco", explicou um dos autores, Venugopal Nair, do Instituto de Pirbright, no Reino Unido.

"Estas vacinas permitem que os vírus virulentos continuem a evoluir", acrescentou.

Os pesquisadores afirmaram que a vacina foi diretamente responsável por aumentar a resistência do vírus. O processo, segundo eles, não é tão claro como a evolução dos germes que desenvolvem resistência aos antibióticos.

No entanto, o estudo mostra uma clara correlação entre a vacina e o desenvolvimento de variações do vírus da doença de Marek, que pode passar de ser apenas prejudicial para mortal em alguns tipos de bovinos.

Não há dúvida sobre a eficácia da vacina humana usada atualmente, mas esses resultados levantam muitas questões sobre o desenvolvimento de futuras vacinas, disseram os cientistas.

"Agora a preocupação é com a próxima geração de vacinas", explicou o co-autor Andrew Read, da Penn State University, na Pensilvânia, Estados Unidos.

"Nós não queremos que doenças mortais como o Ebola evoluam, e nossa pesquisa mostrou que isso poderia ocorrer no caso de vacinas imperfeitas ou 'permeáveis'".

"É importante não interpretar este estudo como um argumento contra a vacinação de crianças contra a gripe ou outras doenças", estimou Peter Openshaw, do Imperial College London.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Água quente não necessariamente mata os germes

Nicholas Bakalar

  • Thinkstock
Se você pode colocar as mãos na água enquanto lava a louça, ela está quente o bastante para matar germes? Caso não esteja, de que adianta gastar toda essa energia?
As diretrizes da agência norte-americana reguladora de alimentos e medicamentos (FDA) para lavar louça à mão em um estabelecimento alimentício comercial pedem que a solução de limpeza esteja a 43 graus Celsius, o que é quente demais para as mãos, mas não para matar a maioria dos germes.
O raciocínio por trás dessa exigência de temperatura relativamente baixa para o estágio de lavagem do padrão de três etapas (lavar, enxaguar e higienizar) não é uma ação germicida direta. Pelo contrário, segundo a FDA, a intenção é garantir que a água seja quente o bastante para remover a matéria orgânica dos pratos e dissolver gorduras animais que podem estar presentes neles. Ainda de acordo com as diretrizes, uma temperatura mais baixa também pode interferir no desempenho do detergente usado.
Um estudo realizado por cientistas de alimentos na Universidade Estadual de Ohio, publicado em junho de 2007 em "The Journal of Food Engineering", encontrou provas que mesmo temperaturas mais baixas podem ser eficientes para a remoção de germes em muitas circunstâncias. Por exemplo, um estudo da lavagem de pratos contaminados de propósito com bactérias, à temperatura de apenas 24 graus Celsius, reduziu a "Escherichia coli" e a "Listeria innocua" a níveis aceitáveis quando as três etapas foram adequadamente realizadas -- menos no caso de copos sujos com leite seco. Segundo o estudo, usar um agente higienizador mais concentrado na última fase também foi eficaz.
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Basta o frio dar as caras para os espirros aparecerem. E eles quase nunca vêm sozinhos - um incentiva outro e o ataque também costuma vir acompanhado de fungadas e lágrimas. Muita gente logo pensa que ficou gripada, enquanto outra parcela atribui o fenômeno à rinite alérgica. Frio repentino, assim como luminosidade intensa, poeira, vírus e bactérias são encarados como agressões. E os espirros são como reflexos que ajudam a proteger o organismo Leia mais Arte UOL

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segunda-feira, 4 de maio de 2015

Vacinação contra gripe começa em todo país; grávidas e idosos devem tomar

Do UOL, em São Paulo
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Brasileiros que fazem parte dos chamados grupos prioritários --crianças (entre seis meses e cinco anos), idosos (a partir de 60 anos), gestantes e puérperas (mulheres que tiveram filhos nos últimos 45 dias), indígenas, funcionários do sistema prisional e detentos, pessoas com doenças crônicas e os profissionais de saúde pública-- poderão tomar a partir desta segunda-feira (4) a vacina contra o vírus influenza, causador da gripe, na rede pública de saúde. A campanha vai até 22 de maio.
A vacina é contra a gripe A H1N1, da pandemia de 2009, e outros dois tipos do vírus influenza, o A (H3N2) e o B. 
Além delas, também estarão disponíveis vacinas contra difteria e tétano e a pneumocócica 23-valente, contra pneumonia, meningite e bacteremia/septicemia (infecção generalizada do sangue). Estas são para idosos hospitalizados ou que moram em asilos e casas de repouso e pessoa com doenças crônicas (cardiovasculares, pulmonares, renais, diabetes mellitus, hepáticas e hemoglobinopatias) ou imunodeprimidas (transplantados, com neoplasias e infectados pelo HIV), que devem levar uma prescrição médica especificando o motivo da indicação da dose.
Serão disponibilizadas 54 milhões de doses para a imunização de 49,7 milhões de pessoas. Segundo o ministro da Saúde, não faltará dose em nenhum posto de saúde brasileiro.
Em razão das temperaturas mais baixas registradas na região Sul, alguns postos em Caxias (RS) e em Uruguaiana (RS) ficaram sem vacina porque, segundo a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Carla Domingues, esperavam receber número reduzido de pessoas em busca da imunização.
"É uma acomodação do processo de vacinação, mas todos os 49 milhões de brasileiros têm a sua vacina garantida", disse.  
"A vacinação contra o Influenza é fundamental para evitar complicações decorrentes da gripe e doenças graves, como pneumonia", afirma Helena Sato, diretora de Imunização da secretaria de Saúde de São Paulo, que pretende vacinar 11,8 milhões de paulistas, ou 80% das 14,7 milhões de pessoas que são o público-alvo da campanha.
Segundo ela, a vacina, produzida pelo Instituto Butantan, órgão ligado à pasta, não causa gripe, pois "é composta apenas de partículas do vírus que são incapazes de causar qualquer infecção".
"A vacinação é extremamente segura. Há um alerta apenas para pessoa com alergia a ovo de forma severa e que devem procurar o médico para ter orientação adequada", ressaltou Chioro.
Neste ano, o Dia D da campanha será no sábado (9), das 8h às 17h. De segunda a sexta, os postos de saúde fixos ficarão abertos no mesmo horário. É importante levar aos postos de saúde o cartão de vacinação e um documento de identificação.
Após a aplicação da dose podem ocorrer, de forma rara, dor no local da injeção, eritema (sinal clínico, presente em várias patologias, caracterizado por uma coloração avermelhada da pele ocasionada por vasodilatação e enrijecimento. Os efeitos costumam passar em 48 horas.
A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, ao tossir ou ao espirrar. A doença também pode ser transmitida pelas mãos e objetos contaminados.  
Os sintomas da gripe incluem febre, tosse ou dor na garganta, além de dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por sintomas como falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração. (Com Agência Brasil)
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Mitos e verdades sobre vacinas15 fotos

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Vacina pode ter efeitos colaterais. VERDADE: Os efeitos colaterais mais comuns são dor no braço, vermelhidão e inchaço onde foi aplicada a vacina. Também podem ocorrer febre ou mal-estar passageiro. Em alguns casos, a pessoa pode apresentar sintomas parecidos com os da própria doença. Isso acontece pelo fato de a vacina ter em sua composição um vírus enfraquecido, mas incapaz de transmitir a enfermidade. Em casos mais extremos, porém muito raros, pode causar choque anafilático Thinkstock
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Veja sintomas, formas de prevenção e outras informações sobre a gripe A (H1N1)13 fotos

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O QUE É - A influenza A (H1N1) é uma doença respiratória aguda (gripe), causada pelo vírus A (H1N1). Este novo subtipo do vírus da influenza é transmitido de pessoa a pessoa principalmente por meio da tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. O surgimento da doença foi registrado inicialmente em 2009, no México, e o vírus ainda circula no mundo todo CDC

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domingo, 19 de abril de 2015

Resistência a antibióticos de tribo venezuelana isolada preocupa especialistas

Os indígenas da tribo Yanomami foram vistos pela primeira vez em 2008
Uma remota tribo ianomâmi da Amazônia venezuelana parece ser resistente aos antibióticos modernos, embora seus membros não tenham tido quase nenhum contato com o mundo exterior - informaram pesquisadores nesta sexta-feira.
Os indígenas da tribo Yanomami foram vistos pela primeira vez em 2008, e visitados um ano depois por uma equipe médica venezuelana que recolheu amostras de 34 deles, incluindo cotonetes com culturas de pele e boca, e amostras de fezes.
Para proteger a privacidade dos indígenas, a localização da aldeia não pode ser publicada.
Os cientistas descobriram que o microbiota das tribos - a comunidade de bactérias, fungos e vírus que vivem dentro e no corpo - era muito mais diversificada do que a observada em comunidades de venezuelanos rurais e malawianos. A microbiota dos indígenas é duas vezes mais diversa do que a observada em um grupo de referência de norte-americanos.
Os aldeões isolados são geralmente saudáveis , o que pode ser graças a uma microbiota que "contém talvez os mais altos níveis de diversidade bacteriana já registrados em um grupo humano", destacou o estudo publicado na revista Science Advances.
Embora os ianomâmi tenham algumas camisetas, facões e pedaços de metal, o que sugere algum contato limitado com a civilização, eles não foram expostos a muitos elementos da vida contemporânea que podem reduzir a exposição a micróbios, como comer alimentos processados, tomar antibióticos, higiene das mãos e partos por cesariana, segundo os cientistas.
Alguns micróbios pareciam ter um efeito protetor sobre a saúde dos indígenas, como a prevenção da formação de pedras nos rins.
As tribos vivem em pequenas aldeias, em uma área remota acessível apenas por helicóptero ou viajando durante dias em uma canoa.
Os pesquisadores não encontraram nenhuma evidência de obesidade ou desnutrição entre as pessoas da tribo, que têm uma dieta à base de peixes, sapos, insetos, banana-da-terra e uma bebida fermentada de melão, explicou Maria Gloria Dominguez-Bello, da escola de medicina da Universidade de Nova York.
No entanto, ela disse que não foram coletadas amostras de alimentos e bebidas da tribo, o que poderia revelar mais sobre como conseguiram sua diversa flora intestinal.
"Eu adoraria voltar para a comunidade, agora que sabemos o que sabemos", disse ela.
Os cientistas esperavam encontrar alguma resistência a antibióticos na população, porque esses genes de resistência têm existido em bactérias do solo por milhões de anos ou mais - por isso faria sentido que eles tenham migrado para as pessoas, mesmo sem o uso de antibióticos.
O que realmente surpreendeu a equipe foi a descoberta de que a tribo tinha cerca de 30 genes resistentes a antibióticos que eram totalmente desconhecidos pela ciência.
Ainda mais, estes genes eram resistentes a alguns dos antibióticos sintéticos mais recentemente desenvolvidos do mundo.
"Foi alarmante para nós encontrar genes que inativam estas drogas sintéticas modernas na população Yanomami", disse o coautor Gautam Dantas, da escola de medicina da Universidade de Washington.
"Vemos isso como mais um pedaço de evidência clara de que a resistência aos antibióticos é realmente uma característica natural da microbiota humana, mas que está pronta para ser ativada e ampliada para maior resistência após o uso de antibióticos", afirmou à imprensa.
A era moderna de antibióticos começou na década de 1940 quando a penicilina tornou-se rapidamente uma droga popular. Muitos outros tipos de antibióticos foram descobertos e comercializados a partir de 1950 a 1970. A maioria surgiu de bactérias encontradas no solo.
Mas o uso generalizado de antibióticos em pessoas e animais aumentou a preocupação com a aproximação de uma era futura em que os antibióticos não funcionarão em todos - anunciando o retorno de infecções persistentes fatais em vez de tratáveis.
Superbactérias resistentes a drogas estão em ascensão, especialmente nos hospitais, onde elas matam dezenas de milhares de pessoas no Ocidente a cada ano.
A mais recente pesquisa "enfatiza a necessidade de aumentar a busca por novos antibióticos. Caso contrário, nós vamos perder a batalha contra as doenças infecciosas", concluiu Dantas

domingo, 8 de março de 2015

Testes da vacina do Ébola começam hoje

na Guiné-Conacri

por LusaOntem1 comentário
Testes da vacina do Ébola começam hoje na Guiné-Conacri
Fotografia © AFP

A vacinação decorrerá na região da Baixa Guiné, que conta atualmente com o maior número de casos do vírus. Testes serão supervisionados pela Organização Mundial de Saúde.

Os últimos ensaios clínicos antes da comercialização de uma vacina contra o vírus Ébola vão começar hoje na Guiné-Conacri.
Estes testes em milhares de pessoas vão ser supervisionados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo ministério da Saúde guineense, Médicos Sem Fronteiras (MSF), Epicentro e Instituto da Saúde Pública norueguês (INSP).
A vacina, VSV-EBOV, foi desenvolvida pela Agência de Saúde Pública do Canadá. A última epidemia do vírus Ébola, declarada urgência de saúde mundial em agosto passado, deixou mais de 9.800 mortos sobretudo na Serra Leoa, Guiné-Conacri e Libéria.
"Trabalhamos duramente para chegar a este ponto", declarou Margaret Chan, diretora-geral da OMS, em comunicado.
"Se esta vacina for considerada eficaz, será uma grande vitória na prevenção contra o vírus Ébola", sublinhou.


terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Governo de MS inicia distribuição de 155 mil preservativos

Secretaria de Saúde distribuirá kits para prefeituras

DA REDAÇÃO 9 de Fevereiro de 2015 | 20h35
Matérias e kits de prevenção entregues durante o carnaval
(Foto: Divulgação)
Matérias e kits de prevenção entregues durante o carnaval
Começou nesta segunda-feira (9), a entrega dos materiais e kits de prevenção para serem distribuídos durante o carnaval para os municípios do Estado, fornecidos pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES).
Ao todo serão distribuídos cartazes informativos do Ministério da Saúde, 600 camisetas para equipes de saúde e 155 mil panfletos com preservativos com orientações e cuidados para se prevenir contra a Aids e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis.
Este ano com o tema “Desenrola pra rolar”, serão distribuídos para os municípios os panfletos informativos com preservativos anexados. A campanha é voltada ao público sexualmente ativo, em especial os jovens. Além do material informativo, os municípios de Mato Grosso do Sul contam com o envio mensal de preservativos para distribuição em suas unidades de saúde, reforçando as ações desencadeadas pelos municípios.
Para a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Larissa Castilho, a conscientização da população sobre o uso de preservativos é o grande foco da campanha, principalmente em períodos festivos como o carnaval. “A secretaria de estado de saúde tem como foco a conscientização da população pelo uso da camisinha. O carnaval é um período com grande circulação de pessoas e turistas em vários municípios do estado, por isso é importante esta conscientização e engajamento sobre o sexo seguro”, destacou.
Com a chegada dos materiais, a SES/MS está convocando os municípios do Estado para a retirada de seus kits junto a Coordenadoria de Prevenção a DST/Aids no prédio da SES/MS, até sexta-feira (13) das 8h às 17 horas.
O uso do preservativo ainda é a alternativa mais eficaz e segura na prevenção das DSTs e da AIDS. Por isso, a estratégia de distribuição de camisinhas em pontos de grande concentração de pessoas nesta época do ano é fundamental. Estimativas do Ministério da Saúde indicam que existem hoje no Brasil cerca de 630 mil pessoas vivendo com o vírus. Dessas, 255 mil nunca teriam feito o teste e, por isso, não conhecem sua sorologia.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Ministério da Saúde lança teste oral para detecção do HIV no Carnaval

Priscila Machado
  • Fernando Amorim l Ag. A TARDE
    O evento contou com a presença de Carlinhos Brown e do ministro Arthur Chioro
O ministro da saúde Arthur Chioro lançou na sexta-feira, 6, em Salvador, a Campanha nacional de Prevenção às DSTs e Aids do Carnaval 2015, cujo slogan é  #partiuteste. O evento ocorreu no Museu Du Ritmo, no Comércio, e contou com a presença dos secretários estadual e municipal da saúde e do músico Carlinhos Brown.
Na ocasião, Chioro anunciou um novo tipo de exame para a doença neste Carnaval: o teste oral. O método dispensa o corte para a coleta de sangue. O diagnóstico é feito em 30 minutos, por meio da saliva, coletada por um cotonete.
O diagnóstico por fluido oral - que estava sendo testado desde fevereiro do ano passado por 60 organizações não governamentais (ONGs) em todo o país - passa a ser oferecido também na rede pública de saúde, a partir deste ano.
Durante a coletiva, Brown brincou ao testar a camisinha no microfone, ao lado do Rei Momo do Carnaval 2014, Reinildo Barbosa. Mas passou uma mensagem séria: "A população tem que perder o medo de fazer o teste e entender que a camisinha é indispensável".
Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 718 mil pessoas vivem com HIV e Aids no Brasil. Destes, 150 mil não sabem que têm o vírus. Na Bahia, são 24.086 casos, sendo que, 62,7% dos portadores são homens e 37,3%, mulheres.  Salvador registra 12 mil casos.
Juventude
O ministro Arthur Chioro disse estar preocupado com o aumento de casos entre jovens. Em 2004, foram notificados 9,6 casos por 100 mil habitantes no país entre o grupo de pessoas com idade entre 15 e 24 anos.
No ano passado, a proporção chegou a 12,7, o que corresponde a um aumento de 32,3%, em dez anos.
"Muitos jovens vêm pular carnaval aqui na capital baiana. Temos que aproveitar este momento para colocar toda a população para usar a camisinha, fazer o teste e, se constatado o vírus, iniciar o tratamento", disse o ministro.
Casos em 2014
No ano passado, apesar da redução do número de testes rápidos durante o Carnaval, houve um aumento de 50% de casos de pessoas infectadas, em relação ao ano de 2013.
Enquanto em 2013 5,2 mil pessoas fizeram o teste e 16 foram diagnosticadas com o vírus HIV, em 2014, 4,2 mil fizeram o exame e 24 estavam infectadas com o vírus. Outras 68 pessoas foram diagnosticadas com sífilis, 5, com hepatite B e 8, com hepatite C, no ano passado.
Conforme o ministro Arthur Chioro, o teste oral detecta apenas o HIV, mas nas unidades que realizam exames rápidos no Carnaval há outros tipos de exames.
Este ano, será possível fazer o teste nas unidades do Centro (praça Municipal) e na Barra (rua Dias D'Ávila, transversal entre a Marques de Leão e Afonso Celso, próximo ao Beco da Off). O serviço gratuito será oferecido entre os dias 14 e 17 deste mês, sempre das 9h às 21h.
Atualmente, 96 postos oferecem o teste rápido em Salvador durante todo o ano.
Segundo o secretário municipal de Saúde, José Antônio Rodrigues, as unidades contam com uma equipe multidisciplinar composta por infectologistas, psicólogos, e assistentes sociais. "Enquanto aguarda o resultado, o paciente é entretido por psicólogos com  atividades lúdicas.
Camisinha
O ministério da Saúde distribuiu 70 milhões de preservativos para todo o país, só no período do Carnaval. Segundo a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), 550 mil preservativos serão distribuídos durante a folia.
Já a Secretaria Municipal de Saúde informou que serão distribuídos cerca de 1,7 milhões de preservativos durante a festa, além de panfletos e materiais educativos para alertar sobre os riscos das DSTs.


Onde fazer o teste rápido

Centro - Posto estará  na praça Municipal
Barra - Haverá  unidade na R. Dias D’Ávila transversal entre a Afonso Celso e a Marques de Leão – próximo ao beco da OFF
Horário - Serviço gratuito será oferecido entre os dias 14 e 17 deste mês, das 9h às 21h
Teste - Diagnóstico é feito em 30 minutos. Também é possível fazer exames para outras DSTs