domingo, 18 de novembro de 2012

Alerta médico ressalta perda de eficiência dos antibióticos

Uso desnecessário de antibióticos pode ajudar a ampliar a resistência de algumas variedades de bactérias
BBC Brasil

Reprodução BBCPara médica, antibióticos estariam sendo receitados sem necessidade

Uma das principais autoridades médicas britânicas fez nesta semana um alerta sobre o aumento da resistência de diversas bactérias aos antibióticos modernos.
A professora Dame Sally Davies, principal consultora para assuntos médicos do governo britânico, qualificou o problema como uma das maiores ameaças atuais para a saúde humana.
— Os antibióticos estão perdendo a sua eficácia em um ritmo alarmante e irreversível — semelhante ao do aquecimento global.
Segundo a médica, o uso desnecessário de antibióticos em casos de infecções leves é o que estaria ajudando a ampliar a resistência de algumas variedade de bactérias, como a E. coli e a causadora da gonorreia.
— As bactérias estão se adaptando e encontrando formas de sobreviver aos efeitos dos antibióticos. Elas estão se tornando resistentes e os tratamentos não fazem mais efeito.

Novos antibióticos
O problema seria agravado pelo fato de que, hoje, haveria relativamente poucas novas variedades de antibiótico sendo desenvolvidas.
Apoiada pela Agência de Proteção à Saúde britânica (HPA, na sigla em inglês), Davies fez uma apelo para que pacientes e médicos pensem duas vezes antes de fazer uso desse tratamento.
"Todos parecemos esquecer quanto uma gripe ou resfriado podem fazer com que uma pessoa se sinta mal", disse a médica Cliodna McNulty, da HPA.
— Isso talvez faça que, ao menor sinal dessas doenças, acreditemos que precisamos de antibióticos para melhorar. Mas esse não é o caso e outros medicamentos podem ajudar a aliviar as dores de cabeça, dores musculares e coriza.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012


OMS identifica vírus similar ao que

 matou 800 pessoas em 2002

24 de setembro de 2012 às 14:00
Os coronavírus são uma grande família de vírus que incluem tanto a gripe comum como a Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave, na sigla em inglês).

OMS identifica vírus similar ao que matou 800 pessoas em 2002

OMS identifica vírus similar ao que matou 800 pessoas em 2002
Um novo vírus pertencente à mesma família do vírus da Sars, que matou 800 pessoas no mundo em 2002, foi identificado na Grã-Bretanha em um homem que havia recentemente estado na Arábia Saudita, informou a Organização Mundial de Saúde (OMS). O órgão de saúde da ONU, que emitiu um comunicado por meio de seu sistema de "resposta e alerta global" no domingo, disse que exames no paciente, um homem do Catar de 49 anos, confirmaram a presença de um novo, ou recente, coronavírus.

Os coronavírus são uma grande família de vírus que incluem tanto a gripe comum como a Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave, na sigla em inglês). "Dado que este é um recente coronavírus, a OMS está atualmente no processo para obter mais informações a fim de determinar as implicações na saúde pública", disse o comunicado da agência.

A Sars apareceu na China em 2002 e matou cerca de 800 pessoas em todo mundo, antes de ser controlada. O diretor do Centro de Infecções Respiratórias da Faculdade Imperial de Londres, Peter Openshaw, disse que neste estágio parece ser improvável que o novo vírus seja preocupante, e pode ter sido identificado apenas por causa de sofisticadas técnicas de testes.

"Por enquanto, eu ficaria vigilante, mas não imediatamente preocupado", disse Openshaw à Reuters. A OMS disse que o paciente do Catar havia sido inicialmente apresentado para os médicos no dia 3 de setembro com sintomas de uma aguda infecção respiratória.

No dia 7 de setembro, ele foi admitido em uma unidade de tratamento intensivo (UTI) em Doha, no Catar, e no dia 11 de setembro foi transferido para a Grã-Bretanha por uma ambulância aérea. "A Agência de Proteção de Saúde do Reino Unido conduziu testes de laboratório e confirmou a presença de um novo coronavírus", afirmou a OMS. A OMS disse que não recomendava quaisquer restrições de viagens, mas que buscaria mais informações sobre o vírus.

Galeria de Fotos
OMS identifica vírus similar ao que matou 800 pessoas em 2002
2 rios >>

tem,risco desse virus chegar ao brasil, gostaria de saber que parte do organismo ele ataca,
aliceia santana em terça, 25/setembro/2012 09:41:52
bom dia temos que tomamos pois a nossa saude e precaria
edinaldo salgado de souza em terça, 25/setembro/2012 07:40:07

segunda-feira, 24 de setembro de 2012


Saúde-Pesquisa: Brasil

vai testar mosquito 

"vacinado" contra dengue

FolhaPress
Por Giuliana Miranda

SÃO PAULO, SP, 24 de setembro (Folhapress) - O Brasil começa a dar os primeiros passos em uma ambiciosa estratégia internacional de combate à dengue: a introdução na natureza de exemplares do mosquito transmissor, o "Aedes aegypti", imunes à doença. 

A iniciativa, capitaneada pela Fiocruz, (Fundação Oswaldo Cruz), foi anunciada ontem no Congresso Internacional de Medicina Tropical, no Rio de Janeiro. 

O trabalho está em fase de testes iniciais e, se tudo sair como o planejado, os primeiros aedes "vacinados" contra a dengue devem ganhar as ruas do país em estudos controlados no segundo semestre de 2014. 

Em laboratório, cientistas contaminam os embriões do "Aedes aegypti" com uma variante da bactéria "Wolbachia", que é encontrada em cerca de 70% dos insetos na natureza, incluindo moscas-das-frutas e pernilongos "comuns". 

No organismo do mosquito, a presença da bactéria acaba impedindo o desenvolvimento do vírus da dengue. 

"Os mecanismos que provocam isso são complexos, desde mudanças no sistema imune até a competição por nutrientes no interior das células", diz Luciano Moreira, pesquisador da Fiocruz e chefe do projeto "Eliminar a Dengue: Desafio Brasil". 

"Mas o método é extremamente seguro. A bactéria usada já faz parte do dia a dia. Não se trata de uma alteração genética ou introdução de um micro-organismo novo", diz. 

Uma vez introduzida na população de mosquitos, a bactéria consegue se espalhar com certa facilidade. Embora a contaminação seja apenas vertical (dos pais para a prole), os mosquitinhos infectados têm mais sucesso na reprodução. 

As fêmeas contaminadas têm descendentes com a bactéria independentemente de o macho estar infectado. 

No caso das fêmeas que não apresentam o "Wolbachia" mas que copulam com machos com a bactéria, praticamente todos os ovos fecundados acabam morrendo. 

Ou seja: comparativamente, fêmeas com a "Wolbachia" produzem mais ovos, que vão originar novos mosquitos que já nascem com a bactéria e, portanto, imunes à dengue.

O método, desenvolvido na Austrália, já foi testado com sucesso em duas cidades do país, onde a população de insetos foi rapidamente substituída pela variante imune. 

"Nós monitoramos constantemente essas áreas [da Austrália] e vimos que, até agora, 18 meses depois, essas áreas continuam com praticamente 100% dos mosquitos com a bactéria", diz Scott O'Neill, professor da Universidade Monash, em Melbourne, e um dos autores do trabalho australiano, publicado em 2011 na "Nature". 

Antes de começar os testes com o mosquito na natureza, os cientistas da Fiocruz vão fazer pequenas adaptações no método australiano. 

"Os vírus que circulam nos dois países têm algumas diferenças. Isso precisa ser levado em consideração", explica Luciano Moreira.

terça-feira, 11 de setembro de 2012


Pesquisa mostra que 



vacina contra a 



dengue pode ser 



segura e eficaz


Resultados de testes são os melhores já obtidos por vacina contra o vírus.
Fórmula funcionou contra os vírus tipo 1, 3 e 4, mas falhou com o tipo 2.


Do G1, em São Paulo

O mosquito da Dengue (Foto: Divulgação)'Aedes aegpti', mosquito que transmite a dengue
(Foto: Divulgação)
Uma pesquisa publicada nesta segunda-feira (10) mostra, pela primeira vez, que é possível desenvolver uma vacina segura e eficaz contra a dengue.
Hoje, não existe nenhuma vacina ou remédio contra o vírus da dengue. A prevenção é feita sobre o mosquito transmissor – Aedes aegypti – e o tratamento da doença é apenas sobre os sintomas, com medicamentos para aliviar a febre e as dores no corpo.
A conclusão de que uma vacina está mais perto de ser lançada veio depois de testes feitos com mais de 4 mil crianças na Tailândia. Foi a terceira fase de testes de uma vacina candidata desenvolvida por pesquisadores do laboratório Sanofi Pasteur, e os resultados foram publicados pela revista médica “Lancet”.
Essa é última etapa de exames pela qual um medicamento precisa passar antes de entrar no mercado. Antes disso, ele deve ter bons resultados em animais e em etapas menores com humanos. A Tailândia foi escolhida porque é uma região onde a doença é endêmica – a mesma vacina também está sendo testada no Brasil.
Embora os pesquisadores estejam animados, a vacina ainda não é capaz de prevenir a dengue de uma forma geral. Um dos grandes desafios do combate ao vírus da dengue são suas variações. Existem quatro subtipos do vírus, e para cada um deles é preciso fazer uma vacina específica. Os quatro têm o mesmo potencial de provocar a doença e o mesmo perigo.
A vacina candidata testada na Tailândia contém em uma única dose a mistura das quatro vacinas contra cada subtipo do vírus. Contra os vírus tipo 1, 3 e 4, a taxa de imunização ficou entre 60% e 90% – o que os médicos consideram uma vacina eficaz. Além disso, não foram registrados efeitos colaterais significativos.
No entanto, foi registrado um número relativamente alto de casos de dengue provocados pelo vírus tipo 2, um sinal de que a vacina não funcionou contra esse alvo específico.
Os produtores da vacina ainda esperam pelos resultados da pesquisa na América Latina, com mais de 30 mil voluntários, para saber se a vacina poderá ser aprovada. Esses estudos devem ser concluídos em 2014.
Dengue (Foto: Arte/G1)
veja também

Pesquisa mostra que 



vacina contra a 



dengue pode ser 



segura e eficaz


Resultados de testes são os melhores já obtidos por vacina contra o vírus.
Fórmula funcionou contra os vírus tipo 1, 3 e 4, mas falhou com o tipo 2.


Do G1, em São Paulo

O mosquito da Dengue (Foto: Divulgação)'Aedes aegpti', mosquito que transmite a dengue
(Foto: Divulgação)
Uma pesquisa publicada nesta segunda-feira (10) mostra, pela primeira vez, que é possível desenvolver uma vacina segura e eficaz contra a dengue.
Hoje, não existe nenhuma vacina ou remédio contra o vírus da dengue. A prevenção é feita sobre o mosquito transmissor – Aedes aegypti – e o tratamento da doença é apenas sobre os sintomas, com medicamentos para aliviar a febre e as dores no corpo.
A conclusão de que uma vacina está mais perto de ser lançada veio depois de testes feitos com mais de 4 mil crianças na Tailândia. Foi a terceira fase de testes de uma vacina candidata desenvolvida por pesquisadores do laboratório Sanofi Pasteur, e os resultados foram publicados pela revista médica “Lancet”.
Essa é última etapa de exames pela qual um medicamento precisa passar antes de entrar no mercado. Antes disso, ele deve ter bons resultados em animais e em etapas menores com humanos. A Tailândia foi escolhida porque é uma região onde a doença é endêmica – a mesma vacina também está sendo testada no Brasil.
Embora os pesquisadores estejam animados, a vacina ainda não é capaz de prevenir a dengue de uma forma geral. Um dos grandes desafios do combate ao vírus da dengue são suas variações. Existem quatro subtipos do vírus, e para cada um deles é preciso fazer uma vacina específica. Os quatro têm o mesmo potencial de provocar a doença e o mesmo perigo.
A vacina candidata testada na Tailândia contém em uma única dose a mistura das quatro vacinas contra cada subtipo do vírus. Contra os vírus tipo 1, 3 e 4, a taxa de imunização ficou entre 60% e 90% – o que os médicos consideram uma vacina eficaz. Além disso, não foram registrados efeitos colaterais significativos.
No entanto, foi registrado um número relativamente alto de casos de dengue provocados pelo vírus tipo 2, um sinal de que a vacina não funcionou contra esse alvo específico.
Os produtores da vacina ainda esperam pelos resultados da pesquisa na América Latina, com mais de 30 mil voluntários, para saber se a vacina poderá ser aprovada. Esses estudos devem ser concluídos em 2014.
Dengue (Foto: Arte/G1)
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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

EUA: Dez mil turistas podem ter contraído vírus mortal na Califórnia


Contágio

Vários casos de síndrome pulmonar por hantavírus (SPH), doença transmitida pela saliva ou urina animal, foram confirmados
Lusa - Esta notícia foi escrita nos termos do Acordo Ortográfico
11:04 Sábado, 1 de Setembro de 2012


AP

O centro federal de controlo e prevenção de doenças norte-americano (CDC) advertiu na sexta-feira que dez mil pessoas são suscetíveis de terem contraído um vírus mortal durante a sua estada no Parque Nacional de Yosemite, na Califórnia, este verão.
Pelo menos seis casos de síndrome pulmonar por hantavírus (SPH), doença transmitida pela saliva ou urina animal, foram confirmados e outros casos potenciais estão a ser acompanhados. Duas das pessoas infetadas morreram.
As vítimas tinham em comum o facto de terem ficado no mesmo alojamento no parque.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012


Butantan prepara testes de vacina contra dengue

Expectativa é de que até 2015 o medicamento seja colocado à venda no País
Publicado em 28/8/2012 às 14h27
Agência Estado
O Instituto Butantan espera iniciar em um mês em São Paulo os testes em voluntários para o desenvolvimento de uma vacina brasileira contra o vírus da dengue. A expectativa é de que até 2015 o medicamento seja colocado à venda no País.
O imunologista Jorge Kalil, um dos responsáveis pela vacina, diz que o início dos primeiros testes com seres humanos depende apenas da liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). Esta é a segunda fase da pesquisa, que teve início a partir de um produto desenvolvido desde 2005 em laboratórios norte-americanos.
— Pretendemos iniciar em 30 dias essa nova etapa, que deve se prolongar pelos seis meses seguintes. 
Kalil explica que a terceira fase será aleatória, com testes cegos em pessoas expostas a áreas com altos índices de casos de dengue, em experimentações que vão durar outros seis meses.
— Depois disso, se tudo ocorrer como o planejado, enviaremos um dossiê para os órgãos de saúde para posterior aprovação.
No País, porém, há outra vacina sendo testada. O laboratório francês Sanofi Pasteur atua em cinco capitais brasileiras (Campo Grande, Fortaleza, Goiânia, Natal e Vitória) para verificar os efeitos, que até o momento têm sido parciais — o medicamento mostrou capacidade para proteger contra três das quatro cepas virais causadoras da doença.
Caso seja aprovada, a vacina do laboratório francês poderá ser colocada no mercado em 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quarta-feira, 27 de junho de 2012



PRINCIPAIS MANCHETES DE HOJE NO BRASIL E NO MUNDO 





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sábado, 23 de junho de 2012


Mutações podem tornar vírus da gripe aviária transmissível entre humanos

Paloma Oliveto - Correio Braziliense
Publicação: 22/06/2012 15:49 Atualização:
Ao longo da história, a humanidade tem sido assombrada por males invisíveis que parecem surgir do nada, dizimando populações inteiras, até serem detidos. Foi assim com a peste negra, o cólera, a malária, o tifo. Eventos como esses podem surgir a qualquer momento, com outros nomes. Um deles é a gripe aviária, provocada pelo vírus H5N1 e que, por enquanto, não é transmitida entre mamíferos. Mutações genéticas, porém, transformam o micro-organismo em um agente de rápida disseminação, com potencial de desencadear uma nova pandemia.

Depois de muita polêmica, a revista científica Science publicou, em sua edição de hoje, um artigo mostrando como variações no DNA do H5N1 são capazes de torná-lo transmissível entre humanos e outros mamíferos. De acordo com o grupo de pesquisadores envolvidos no estudo, o objetivo foi preparar os infectologistas para a real possibilidade de o vírus se transmutar naturalmente, evitando, assim, uma tragédia mundial. “A principal conclusão é que o H5N1 pode adquirir a habilidade de ser transmitido pelo ar entre mamíferos e mostramos que, para isso acontecer, entre cinco e 10 mutações são suficientes”, alertou, em uma teleconferência de imprensa, Ron Fouchier, pesquisador do Centro Médico Erasmus, na Holanda, e um dos autores do estudo.

sexta-feira, 22 de junho de 2012




A crise no Paraguai e a estabilidade continental 

Jornal do BrasilMauro Santayana 
Toda unanimidade é burra, dizia o filósofo nacional Nelson Rodrigues. Toda unanimidade é suspeita, recomenda a lucidez política. A unanimidade da Câmara dos Deputados do Paraguai, em promover o processo de impeachment contra o presidente Lugo, seria  fenômeno político surpreendente, mas não preocupador se não estivesse relacionado com os últimos fatos no continente.
Na Argentina, a presidente Cristina Kirchner enfrenta uma greve de caminhoneiros, em tudo por tudo semelhante à que, em 1973, iniciou o processo que levaria o presidente Salvador Allende à morte e ao regime nauseabundo de Augusto Pinochet. Hoje, todos nós sabemos de onde partiu o movimento. Não partiu das estradas chilenas, mas das maquinações do Pentágono e da CIA. Uma greve de caminhoneiros paralisa o país, leva à escassez de alimentos e de combustíveis, enfim, ao caos e à anarquia. A História demonstra que as grandes tragédias políticas e militares nascem da ação de provocadores.




O Paraguai, neste momento, faz o papel do jabuti da fábula maranhense de Vitorino Freire. Ele é um bicho sem garras e sem mobilidade das patas que o faça um animal arbóreo. Não dispõe de unhas poderosas, como a preguiça, nem de habilidades acrobáticas, como os macacos. Quando encontrarmos um quelônio na forquilha é porque alguém o colocou ali.
No caso, foram o latifúndio paraguaio — não importa quem disparou as armas — e os interesses norte-americanos. Com o golpe, os ianques pretendem puxar o Paraguai para a costa do Pacífico, incluí-lo no arco que se fecha, de Washington a Santiago, sobre o Brasil.  Repete-se, no Paraguai, o que já conhecemos, com a aliança dos interesses externos com o que de pior há no interior dos países que buscam a igualdade social. Isso ocorreu em 1954, contra Vargas, e, dez anos depois, com o golpe militar.
Não podemos, nem devemos, nos meter nos assuntos internos do Paraguai, mas não podemos admitir que o que ali ocorra venha a perturbar os nossos atos soberanos, entre eles os  compromissos com o Mercosul e com a Unasul. Mais ainda: em consequência de uma decisão estratégica equivocada do regime militar, estamos unidos ao Paraguai pela Hidrelétrica de Itaipu. O lago e a usina, sendo de propriedade binacional, se encontram sob uma soberania compartida, o que nos autoriza e nos obriga a defender sua incolumidade e o seu funcionamento, com todos os recursos de que dispusermos.
Esse é um aspecto do problema. O outro, tão grave quanto esse, é o da miséria, naquele país e em outros, bem como em bolsões no próprio território brasileiro. Lugo pode ter, e tem, todos os defeitos, mas foi eleito pela maioria do povo paraguaio. Como costuma ocorrer na América Latina, o povo concentrou seu interesse na eleição do presidente, enquanto as oligarquias cuidaram de construir um Parlamento reacionário. Assim, ele nunca dispôs de maioria no Congresso, e não conseguiu realizar as reformas prometidas em campanha.
Lugo tem procurado, sem êxito, resolver os graves problemas da desigualdade, da qual se nutriram líderes como Morínigo e ditadores como Stroessner. Por outro lado, o Parlamento está  claramente alinhado aos Estados Unidos — de tal forma que, até agora, não admitiu a entrada da Venezuela no Tratado do Mercosul.
O problema paraguaio é um teste político para a Unasul e o conjunto de nações do continente. As primeiras manifestações  —  entre elas, a da OEA  —  são as de que não devemos admitir golpes de Estado em nossos países. Estamos, a duras penas, construindo sistemas democráticos, de acordo com constituições republicanas, e eleições livres e periódicas.
Não podemos, mais uma vez, interromper esse processo a fim de satisfazer aos interesses geopolíticos dos Estados Unidos, associados à ganância do sistema financeiro internacional e das corporações multinacionais, sob a bandeira do neoliberalismo.
Os incidentes na fronteira do Paraguai com o Brasil, no choque entre a polícia e os camponeses que ocupavam uma fazenda de um dos homens mais ricos do Paraguai, Blas Riquelme, são o resultado da brutal desigualdade social naquele país. Como outros privilegiados paraguaios, ele recebeu terras quase de graça, durante o governo corrupto e ditatorial de Stroessner e de seus sucessores.
Entre os sem-terra paraguaios, que entraram na gleba, estavam antigos moradores na área, que buscavam recuperar seus lotes. Muitos deles pertencem a famílias que ali viviam há mais de cem anos,  e foram desalojados depois da transferência ilegítima da propriedade para o político liberal. E há, ainda, uma ardilosa inversão da verdade.
A ação policial contra os camponeses era, e é, de interesse dos oligarcas da oposição a Lugo, mas eles dela se servem para acusar o presidente de responsável direto pelos incidentes e iniciar o processo de impeachment. É o cinismo dos tartufos, semelhante ao dos moralistasdo Congresso brasileiro, de que é caso exemplar um senador de Goiás.




Quando encerrávamos estas notas, a comissão de chanceleres da Unasul, chefiada pelo brasileiro Antonio Patriota, estava embarcando para Assunção a fim de acompanhar os fatos. Notícias do Paraguai davam conta de que os chanceleres não serão bem recebidos pelos que armaram o golpe parlamentar contra Lugo, e que se apressam para tornar o fato consumado  —  enquanto colunas do povo afluem do interior para Assunção a fim de defenderem o que resta do mandato de Lugo.
Tudo pode ocorrer no Paraguai  —  e o que ali ocorrer nos afeta;  obriga-nos a tomar todas as providências necessárias a fim de preservar a nossa soberania, e assegurar o respeito à democracia republicana no continente.

Tags: caminhoneiros, impeachment, lucidez política, lugo, paraguai, unanimidade

terça-feira, 19 de junho de 2012



"Manchetes dos Jornais" no Painel de Blogs do Paim, atualizável para o Dia em que o Internauta CLICAR no seguinte LINK: 
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Sempre que o leitor acessar um dos BLOGS do PAINEL DO PAIM, encontrará, à direita da página, os LINKs do GOOGLE NEWS (http://news.google.com/) e do site de EDSON PAIM NOTÍCIAS (http://www.edsonpaim.com.br/).
No terceiro LINK de cada um dos 599 BLOGS DO PAINEL DO PAIM estamos a colocar sites cujos temas abordados sejam pertinentes com nome do BLOG, com a finalidade de ampliar, ainda mais, o alcance do referido PAINEL.

No caso do Blog "Manchetes dos Jornais", o terceiro LINK é o de  "Manchetes de Hoje", como  se vê ao acessar o referido Blog, através deste LINK:  

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