terça-feira, 28 de julho de 2009
Escolas de São Paulo adotam medidas contra gripe suína
Danilo Verpa/Folha Imagem
Em medida preventiva, Rafaella Palis evita usar diretamente bebedouro do colégio Rio Branco
TALITA BEDINELLI
da Folha de S.Paulo
O primeiro dia de aula após as férias das amigas Elis e Natália Lima, ambas de 17 anos, foi diferente neste ano. As habituais conversas sobre viagens, passeios e baladas foram em parte substituídas pelas notícias sobre a gripe suína --a chamada gripe A (H1N1).
Elis teve até que compartilhar seu álcool em gel --usado para higienizar as mãos-- com as amigas. "Todo mundo pediu emprestado. Minha mãe comprou uns mil", diz a estudante do colégio Rio Branco (Higienópolis, centro de SP).
A escola foi uma das que retomaram as aulas ontem (27), não antes de tomar algumas medidas preventivas para evitar o contágio dos estudantes pela gripe.
Nos banheiros, cartazes ensinavam os estudantes a lavar as mãos corretamente. Para evitar que as crianças encostem a boca nos bebedouros, havia copos plásticos. E, à tarde, os corredores do prédio ganharam álcool em spray, para que as crianças desinfetarem as mãos.
No Mackenzie, também em Higienópolis, onde as aulas recomeçaram ontem, um médico passou em todas as salas do ensino médio para dar orientações sobre a gripe. Entre as dicas, que também constavam em um folheto, estão evitar cumprimentos como beijos e abraços e não compartilhar objetos como copos e talheres. Trabalhos em dupla ou em grupos também serão evitados.
Durante as aulas, a porta das salas permaneceu aberta, assim como as janelas. "Até os ventiladores estavam ligados, cheguei a passar frio", conta Jéssica Albieri de Almeida, 15.
Em ambas as escolas, os pais receberam uma recomendação: crianças que apresentarem algum sinal da gripe não devem ir às aulas. Ontem, não houve falta nas escolas por essa razão.
"Quem tiver qualquer sintoma será dispensado, mas terá que trazer atestado médico", explica uma das coordenadoras do Mackenzie, Alice Mafra.
O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Juvencio Furtado, diz que as medidas adotadas pelas escolas estão corretas, mas dá outra dica: "Alternar os horários de recreio é uma boa medida para evitar a aglomeração de crianças".
Fim de férias
A maioria dos colégios particulares de SP retoma as aulas na segunda-feira, assim como as escolas da rede pública.
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) disse ontem não haver recomendação para adiar a volta às aulas. Nesta semana, porém, os secretários estaduais da Saúde de SP, RJ e RS se encontrarão com o ministro José Gomes Temporão (Saúde) para discutir essa possibilidade.
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