da France Presse, em Paris
Duas pessoas portadoras de uma mutação do vírus da gripe H1N1 descoberta recentemente na Noruega morreram na França, anunciou nesta sexta-feira o Instituto Nacional de Vigilância Sanitária (InVS) em um comunicado.
Os dois pacientes não tiveram contato entre si e estavam em hospitais de cidades diferentes, informou a fonte. Além disso, em um dos casos foi registrada uma outra mutação conhecida por causar resistência ao oseltamivir (Tamiflu), indicou o InVS.
Trata-se da primeira cepa resistente na França entre as 1.200 analisadas até agora.
A epidemia de gripe H1N1 acelerou-se brutalmente na França, onde 30 novas mortes foram registradas em menos de dez dias, elevando a 76 o número de mortes na metrópole (isto é, sem contar os departamentos e territórios de ultramar) desde o início da epidemia.
O número de casos graves passou para 420, desde o início da epidemia.
A mutação do vírus "poderia aumentar sua capacidade de atingir as vias respiratórias baixas e, principalmente, o tecido pulmonar", informou o InVS.
No entanto, "a eficácia das vacinas atualmente disponíveis não foi questionada", informou.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) havia relatado a detecção, na Noruega, de uma mutação do vírus H1N1 em três casos.
Vítimas no mundo
Ao menos 7.826 morreram devido à gripe suína em todo o mundo, ou seja, mais de mil vítimas suplementares desde a semana passada, o que corresponde a um aumento de 16%, segundo o último balanço da Organização Mundial da Saúde divulgado nesta sexta-feira.
O número de vítimas disparou na Europa, chegando a ao menos 650, o que representa um aumento de mais de 85% em uma semana.
O continente americano ainda é o mais atingido pela pandemia com 5.360 mortos (554 só nesta semana), seguido pela Ásia-Pacífico com pelo menos 1.382 mortos (59 nessa semana).
O balanço anterior da OMS listava 6.750 mortos em 206 países e territórios.
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