sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Mutação de vírus da gripe suína mata dois na França
Duas pessoas portadoras de uma mutação do vírus da gripe H1N1 descoberta recentemente na Noruega morreram na França, anunciou nesta sexta-feira o Instituto Nacional de Vigilância Sanitária (InVS) em um comunicado.
Os dois pacientes não tiveram contato entre si e estavam em hospitais de cidades diferentes, informou a fonte. Além disso, em um dos casos foi registrada uma outra mutação conhecida por causar resistência ao oseltamivir (Tamiflu), indicou o InVS.
Trata-se da primeira cepa resistente na França entre as 1.200 analisadas até agora.
A epidemia de gripe H1N1 acelerou-se brutalmente na França, onde 30 novas mortes foram registradas em menos de dez dias, elevando a 76 o número de mortes na metrópole (isto é, sem contar os departamentos e territórios de ultramar) desde o início da epidemia.
O número de casos graves passou para 420, desde o início da epidemia.
A mutação do vírus "poderia aumentar sua capacidade de atingir as vias respiratórias baixas e, principalmente, o tecido pulmonar", informou o InVS.
No entanto, "a eficácia das vacinas atualmente disponíveis não foi questionada", informou.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) havia relatado a detecção, na Noruega, de uma mutação do vírus H1N1 em três casos.
Vítimas no mundo
Ao menos 7.826 morreram devido à gripe suína em todo o mundo, ou seja, mais de mil vítimas suplementares desde a semana passada, o que corresponde a um aumento de 16%, segundo o último balanço da Organização Mundial da Saúde divulgado nesta sexta-feira.
O número de vítimas disparou na Europa, chegando a ao menos 650, o que representa um aumento de mais de 85% em uma semana.
O continente americano ainda é o mais atingido pela pandemia com 5.360 mortos (554 só nesta semana), seguido pela Ásia-Pacífico com pelo menos 1.382 mortos (59 nessa semana).
O balanço anterior da OMS listava 6.750 mortos em 206 países e territórios.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
OMS registra mutação do vírus da gripe suína na Noruega - da Folha Online
A OMS (Organização Mundial de Saúde) afirmou nesta sexta-feira em comunicado que o Instituto de Saúde Pública da Noruega identificou uma mutação em três espécies do vírus H1N1, cuja variação A H1N1 causa a chamada gripe suína. Segundo a organização, a mutação está sendo monitorada, mas não há ainda dados conclusivos para avaliar se a mutação tornou o vírus mais letal.
As mutações foram identificadas nos dois primeiros caos de morte por vírus da gripe suína na Noruega e em um paciente que sofria de grave doença quando foi contaminado pelo vírus. Segundo o comunicado da OMS, mais de 70 pacientes com a doença foram analisados e nenhum outro caso foi identificado.
A organização afirmou ainda que o vírus mutante é sensível ao tratamento com drogas antivirais como a oseltamivir e zanamivir --atualmente utilizados para o combate à gripe suína-- e que as vacinas são eficientes para evitar a contaminação.
A OMS destaca ainda que mutações no vírus da gripe suína foram identificadas ainda no Brasil, na China, Japão, México, Ucrânia e Estados Unidos. "Apesar das informações sobre estes casos serem incompletas, vários casos de vírus com esta mesma mutação foram detectados em casos fatais e mais leves. [...] O significado desta descoberta para a saúde pública ainda é incerta", destaca o texto.
As mutações aparentemente ocorrem de maneira esporádica e espontânea e não parece haver uma epidemia desta espécie mutante do vírus.
Quando a pandemia de gripe suína surgiu, a OMS temia que o vírus --de fácil transmissão, mas baixa letalidade-- pudesse se murar com vírus da gripe aviária --de difícil transmissão e alta letalidade--, o que criaria um vírus especialmente perigoso.
Até agora, meses após os primeiros casos, em abril passado, nenhuma mutação perigosa foi registrada.
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