quinta-feira, 16 de maio de 2013

Presidente do Grupo Abril em estado gravíssimo no hospital Sírio Libanês

Internado desde março, Roberto Civita enfrenta complicações decorrentes da colocação de um stent abdominal

iG São Paulo | - Atualizada às 16/05/2013 18:58:01
Adriana Spaca / Futura Press
Roberto Civita está internado no Sírio Libanês
Roberto Civita, 76 anos, está em estado gravíssimo no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Segundo o iG apurou, o presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril apresenta complicações de saúde há mais de 60 dias, desde que foi operado para a colocação de um stent abdominal – recurso usado para o tratamento de aneurisma na artéria aorta.
Na ocasião da cirurgia, Civita já teria chegado ao centro cirúrgico em estado frágil. Desde então, a saúde do empresário, dono da maior editora de revistas do País, vem se deteriorando.
Civita também teria sido acometido por uma infecção resistente a antibióticos. Mais de 10 tipos de medicamentos desta classe terapêutica foram usados, sem o efeito esperado. Por conta disso, o quadro clínico de Civita piorou, a circulação teria sido afetada e os rins teriam parado de funcionar plenamente.
Desde a internação do presidente do Grupo Abril, as informações oficiais divulgadas pela empresa foram mínimas. Em um comunicado feito em março, o grupo informou que Civita estava afastado da presidência “por recomendações médicas” e que Giancarlo Civita, filho dele, assumiria as funções durante a sua ausência. Pouco antes da publicação desta nota a assessoria de imprensa do Grupo Abril confirmou apenas a internação no Sírio Libanês e não forneceu detalhes sobre o estado de saúde do empresário. O cardiologista Roberto Kalil, médico de Civita, disse ao iG que não falaria sobre o assunto.
Grupo Abril
Roberto Civita é presidente do conselho de administração e diretor editorial do Grupo Abril, uma das maiores empresas de comunicação e educação da América Latina, com mais de 9,5 mil funcionários.
Fundada por seu pai, o empresário Victor Civita (1907-1990), num escritório do centro de São Paulo, em 1950, a companhia teve como primeiro negócio a publicação de “O Pato Donald”. Nos anos 1960, a empresa cresceu ao investir na venda de fascículos de obras de referência.
Atualmente, o grupo tem atuação em áreas que vão das mídias digitais em elevadores ao treinamento para concursos públicos. A Abrilpar, holding da família Civita, controla os principais negócios: a Abril S.A., da qual faz parte a Editora Abril, que publica 52 revistas e teve receita de R$ 2,98 bilhões em 2012, e a Abril Educação, que tem ações negociadas na BM&F Bovespa desde 2011 e teve receita superior a R$ 883 milhões no ano passado. Entre as empresas controladas pelo grupo estão a MTV, a Elemidia, a editora Ática, o Sistema Anglo de Ensino, a Casa Cor e importantes parques gráficos.
O negócio de maior visibilidade da família Civita é o de publicações. Entre os títulos mais conhecidos, as revistas Veja, Exame e Cláudia. De acordo com informações divulgadas pelo grupo, essas publicações vendem por ano em torno de 200 milhões de exemplares. São 4,2 milhões de assinaturas e quase 30 milhões de leitores. O grupo mantém ainda a Fundação Victor Civita, organização sem fins lucrativos que atua por melhorias na área da educação.

    quinta-feira, 2 de maio de 2013

    Cientistas chineses criam vírus mutante da gripe aviária


    Uma simples mudança de genes permite que o vírus aviário mude de hospedeiro
    Pesquisadores chineses criaram u

    Um médico trabalha num laboratório no Centro de
    Controle de Doenças de Pequim em 16 de abril de
     2013, durante a epidemia do vírus H7N9 da gripe
     aviária. Pesquisadores chineses publicaram um
     estudo sobre um vírus mutante que eles criaram a
     partir da variante virológica aviária H5N1 e da
     variante suína H1N1 (STR/AFP/Getty Images)
    um vírus que pode infectar mamíferos por meio da tosse e espirros com a hibridação do vírus da gripe aviária H5N1 e do vírus da gripe suína H1N1, que causou a pandemia de 2009.
    O trabalho foi publicado na revista Science em 2 de maio, no mesmo dia em que um homem da província de Henan morreu do vírus H7N9 da gripe aviária, supostamente a primeira morte fora do Leste da China e a 27ª entre os mais de 120 casos até o momento.
    Acredita-se que o vírus H7N9 seja um rearranjo de vários vírus da gripe aviária, mas ele é relativamente benigno em aves, segundo a pesquisa recente de outra equipe chinesa, publicada no Jornal de Medicina da Nova Inglaterra.
    A gripe aviária H5N1 é altamente patogênica, mas não infecta pessoas com facilidade, ao passo que a gripe suína H1N1 infectou milhões em 2009. Até agora, não há evidência de que os dois vírus tenham se misturados na natureza, mas eles se sobrepõem geograficamente e partilham algumas espécies hospedeiras.
    Na nova pesquisa controversa, os cientistas chineses deliberadamente manipularam os dois vírus para torná-los mais perigosos, que segundo eles teria o propósito de melhorar sua compreensão dos riscos da pandemia. Alguns dos vírus mutantes resultantes se espalharam facilmente pelo ar entre cobaias em laboratório.
    “Se esses vírus H5N1 transmissíveis em mamíferos forem gerados na natureza, uma pandemia será altamente provável”, disse o chefe da pesquisa Chen Hualan do Instituto de Investigação Veterinária de Harbin da Academia Chinesa de Ciências.
    “Deve haver grande atenção e vigilância à rotina da influenza para monitorar esse perigoso vírus híbrido H5N1 na natureza.”
    Enquanto Chen Hualan acredita que seu trabalho possa beneficiar o controle e a prevenção da doença, outros cientistas criticaram os chamados estudos de mutação de ganho de função, pois manipular o vírus requer excelentes padrões de segurança de laboratório para evitar que o vírus se espalhe ou seja acessado por terroristas.
    O microbiologista Richard Ebright da Universidade Rutgers de Nova Jersey disse que dois outros estudos já haviam observado como as mutações H5N1 se espalharam pelo ar entre hospedeiros mamíferos, nesse caso furões. Essa pesquisa da gripe provocou um debate sobre biossegurança e levou a uma moratória de um ano em todos os projetos semelhantes.
    “Esse argumento, mesmo que uma pessoa o aceite, não justifica um terceiro, quarto, quinto ou enésimo projeto de pesquisa que confirme o mesmo ponto”, disse Ebright à revista Science via e-mail.
    Baron May de Oxford, um ex-cientista-chefe do governo do Reino Unido, disse ao jornal The Independent que o trabalho da equipe de Chen Hualan é “terrivelmente irresponsável”.
    “Eles alegam estar fazendo isso para ajudar a desenvolver vacinas e afins. De fato, a razão verdadeira é que eles são movidos por ambição cega e não têm qualquer bom senso”, acrescentou ele.
    Novas pesquisas de Chen Hualan e seus colegas foram aparentemente adiadas por investigações sobre o novo vírus H7N9.
    Epoch Times publica em 35 países em 21 idiomas.