terça-feira, 8 de maio de 2012



Bactérias magnéticas podem ajudar a fabricar 'biocomputadores', dizem cientistas

Atualizado em  8 de maio, 2012 - 13:15 (Brasília) 16:15 GMT
Foto: Universidade de Leeds
Imãs produzidos por micro-organismos podem ser usados em discos rígidos
Bactérias magnéticas poderiam ser usadas na fabricação de computadores biológicos no futuro, segundo pesquisadores britânicos e japoneses.
Cientistas da University of Leeds, na Grã-Bretanha, e da Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tóquio, no Japão, estão fazendo experimentos com micróbios que se alimentam de ferro.
Uma vez ingerido pelos micróbios, o ferro é transformado em pequenos ímãs, semelhantes aos que são encontrados em discos rígidos de computadores.
De acordo com os pesquisadores, a pesquisa, que foi divulgada na publicação científica Small, pode permitir a fabricação de discos rígidos muito mais rápidos.

Desafio em escala nano

As bactérias Magnetospirilllum magneticum, utilizadas na pesquisa, são micro-organismos naturalmente magnéticos, que costumam viver em ambientes aquáticos em regiões abaixo da superfície, onde o oxigênio é escasso.
Eles nadam para cima e para baixo, seguindo as linhas dos campos magnéticos da Terra e se alinhando aos campos magnéticos como as agulhas de uma bússola, em busca de suas concentrações preferidas de oxigênio.
Quando a bactéria ingere ferro, proteínas dentro de seu corpo interagem com o metal para produzir pequenos cristais do mineral magnetita, o mais magnético existente na Terra.
Após estudar a forma como estes micróbios coletam, formam e posicionam esses nanoímãs dentro de si próprios, os pesquisadores aplicaram o mesmo método fora da bactéria, "cultivando" ímãs que, eles esperam, poderiam ser usados no futuro para construir circuitos de discos rígidos.
"Estamos rapidamente chegando aos limites da manufatura eletrônica tradicional à medida que componentes ficam menores", disse a coordenadora da pesquisa, Sarah Staniland, da Universidade de Leeds.
"As máquinas que usamos tradicionalmente para construí-los são desajeitadas quando se trata de escalas tão pequenas. A natureza nos oferece a ferramenta perfeita para (resolver) esse problema", diz.

Fios Biológicos

Além de usar micro-organismos para produzir ímãs, os pesquisadores também conseguiram criar pequenos fios elétricos feitos de organismos vivos.
Eles criaram nanotubos feitos com membranas de células artificiais, cultivadas em um ambiente controlado, com a ajuda de uma proteína presente nas moléculas de gordura humanas.
A membrana é a "parede" biológica que separa o interior da célula do ambiente exterior.
Esses tubos poderiam, no futuro, ser usados como fios microscópicos produzidos por meio de engenharia genética, capazes de transferir informações - da mesma forma como as células fazem nos nossos corpos - dentro de um computador, explicou à BBC o cientista Masayoshi Tanaka, da Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tóquio.
"Esses fios biológicos podem ter resistência elétrica e transferir informação de um grupo de células dentro de um biocomputador para todas as outras células."
"Além de computadores, os fios poderiam até ser usados no futuro em cirurgias humanas porque, em teoria, são altamente biocompatíveis", afirmou o pesquisador.

sexta-feira, 4 de maio de 2012


Vacinação contra a gripe começa neste sábado 


A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) tem como meta imunizar 80% da população alvo

Da Redação
Começa amanhã em todo o país a campanha de vacinação contra a gripe, dirigida a idosos, crianças de 6 meses a 2 anos, grávidas, trabalhadores da saúde, indígenas e presos. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) tem como meta imunizar 80% da população alvo: 1,3 milhão de idosos; 190 mil trabalhadores de saúde; 332 mil crianças  menores de 2 anos; 273 mil gestantes e 25 mil indígenas.
De acordo com Fátima Guirra, coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, as campanhas de vacinação contra a gripe vêm contribuindo   para a prevenção da gripe. “As campanhas de vacinação do idoso foram iniciadas pelo Ministério da Saúde há 12 anos e desde então houve uma queda significativa nas hospitalizações por pneumonias e doenças bronco-pulmonares crônicas na população alvo da vacinação”, explicou.
Ontem foi também lançada a campanha nacional ‘Prematuro imunizado é prematuro protegido’, no Hospital das Clínicas (Hupes/Ufba), no Canela. A iniciativa – que conta com os atores globais Vanessa Giácomo e Carlos Casagrande como padrinhos – segue até amanhã, com a oferta de serviços como a distribuição do calendário de imunização e a tabela de peso ideal para crianças de até 1 ano de idade. Quem for ao local, poderá pesar e medir as crianças, além de ter assistência de profissionais de enfermagem. No lançamento da campanha,  a Bahia iniciou uma consulta pública para disponibilização da medicação que imuniza  crianças nascidas com menos de 35 semanas de gestação ou com graves problemas de coração ou pulmão contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
O VSR é o maior causador de infecções respiratórias nesse período. Atualmente, a medicação é liberada para crianças prematuras mediante solicitação médica ou liminar da Justiça. A consulta pública prosseguirá até o dia 2 de junho e o resultado  vai normatizar a distribuição da medicação na Bahia. 
Para participar, é preciso acessar  o site www.saude.ba.gov.br e clicar no link da consulta.

FONTE: CORREIO